BrT GSM mostra dificuldades de ser operadora fixo-móvel

"Estou quase desistindo de ser convergente". Com essa frase, Ricardo Sacramento, presidente da Brasil Telecom GSM, desabafa sobre as dificuldades que a operadora vem encontrando para colocar em prática seu projeto de criar a primeira rede móvel no Brasil amplamente integrada a uma rede de telefonia fixa. Ele falou durante o Painel Telebrasil, realizado na semana passada na Bahia, mostrando os desafios de uma operação convergente fixo-móvel. A primeira queixa de Sacramento é em relação à proibição, pela Anatel, do uso de celulares em orelhões para a efetivação de ligações para terminais móvel. A estratégia adotada pela BrT em seus terminais públicos estava, usando terminais BrT GSM, segundo ele, reduzia o custo de ligações para o usuário que chamava um número celular, mas mesmo assim foi proibida, sem maiores explicações. "Toda empresa usa essa estratégia em seu PABX, o Palácio do Planalto utiliza essa estratégia para economizar em ligações para celular, por que um orelhão não pode ter a mesma vantagem?", pergunta. Outra reclamação é em relação às lojas integradas. Ele diz que os órgãos de defesa do consumidor dificultam muito a estratégia de compartilhamento de infra-estrutura quando ameaçam a operadora sob a alegação de que as lojas priorizam a venda de produtos em detrimento do atendimento ao consumidor. "Vendemos produtos, mas nunca deixamos de atender". Ele também critica a Anatel por elaborar um ranking de qualidade sem considerar que a BrT GSM ainda está ajustando o seu serviço. A empresa, obviamente, é a mais prejudicada no ranking, por ter o maior índice de reclamações de seus clientes. Reclamações, aliás, decorrentes também da tentativa de convergir a operação fixa com a móvel. Sacramento reconhece que grande parte das queixas dos usuários se deve à promoção Pula-Pula, no qual o usuário paga a conta apenas a cada dois meses, e na promoção na qual as ligações recebidas de telefones fixos BrT são convertidas em créditos para o telefone móvel. "Muita gente não entende que para que as promoções sejam válidas, é preciso estar em dia com a conta telefônica, e isso gera reclamações dos inadimplesntes, que acham que teriam direito à promoção de qualquer maneira".

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