Além de anunciar mudanças na estrutura e na identidade, a nova Nokia, até então Nokia Solutions e Networks, prepara um plano de reestruturação de capital. A empresa planeja reduzir seu endividamento em 2 bilhões de euros até o segundo trimestre de 2016 e ainda prometeu o pagamento de dividendos extras de cerca de 1 bilhão de euros a acionistas em 2014, além dos 800 milhões de euros em dividendos ordinários referentes ao ano fiscal de 2013. A fornecedora também fará recompra de ações no valor de 1,25 bilhão de euros em um período de dois anos. Com a venda da divisão de dispositivos móveis para a Microsoft por 5,6 bilhões de euros, a Nokia passará a ter uma posição financeira mais forte e as mudanças visam dar mais flexibilidade para garantir investimentos de longo prazo.
A fornecedora finlandesa reportou prejuízo líquido de 229 milhões de euros no primeiro trimestre, frente a um prejuízo líquido de 339 milhões de euros um ano antes, pressionada pela divisão de handsets. Excluindo-se a divisão, a Nokia teria lucro de 108 milhões de euros entre janeiro e março – um ano antes, o prejuízo fora de 98 milhões de euros. As vendas, denconsiderando-se a unidade de dispositivos, caíram 15% na comparação anual, para 2,66 bilhões de euros, enquanto a queda nas vendas da divisão vendida para a Microsoft foi de 30%, para 1,93 bilhão. A receita da divisão de redes somou 2,33 bilhões de euros, queda de 17% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, e a divisão Here somou receitas de 209 milhões de euros, 3% a menos na mesma base de comparação. A receita com patentes, por sua vez, aumentou 7%, para 131 milhões de euros.
