Cobrando uma fiscalização da qualidade de construção das redes de telecom brasileiras, a Feninfra estima que quase metade da infraestrutura de fibra óptica do País não conte com "garantia de competência técnica" na instalação. A avaliação foi compartilhada pela presidente da entidade (que representa empresas de instalação e manutenção de redes), Vivien Suruagy. Durante o Painel Telebrasil 2021, a dirigente subiu o tom do alerta sobre a qualidade dos serviços prestados por algumas terceirizadas.
"Devemos estar muito preocupados e atentos com o risco real de uma bomba relógio na forma de uma imensa rede de telecom sobre a qual estamos sabendo pouco e sem nenhuma forma de atestar de forma documentada a qualidade e integridade", afirmou Suruagy. Segundo ela, o risco estaria relacionado sobretudo à rede de provedores regionais, uma vez que o quarteto de grandes (Claro, Oi, TIM e Vivo) teria cerca de 1 milhão de km de redes "em grande parte construídas e mantidas por empresas que temos no nosso quadro de filiados".
Já pelo lado dos players menores, Suruagy estima que quase 700 mil km sejam detidos por empresas que reportam dados à Anatel. Considerando as operadoras fora deste radar da agência, a extensão da rede pulverizada entre empresas regionais poderia chegar também a 1 milhão de km.
"Destes, só conseguimos atestar que 10% das empreitadas são realizadas por empresas filiadas. 90% desse 1 milhão de km de rede podem ter sido construídos em condições que consideramos altamente submetidas à precarização", sustentou Suruagy.
Por isso, a Feninfra voltou a defender a Anatel como coordenadora de um esforço para regularização técnica, tributária e trabalhista do segmento de construção de redes. Uma possibilidade aventada é a criação de um selo de qualidade para o segmento, a exemplo do que será feito com as operadoras de varejo.
Já a Anatel pontuou que tem atuado para sanar o problema, seja através da crescente apreensão de equipamentos não homologados, da atuação junto a marketplaces ou da verificação, com recursos próprios, de operadoras irregulares, segundo o superintendente de Controle de Obrigações da agência, Gustavo Santana Borges. O profissional, contudo, lembrou que a agência não é "onipresente" e que casos diretamente relacionados ao crime dependem também de demais autoridades competentes.
Até nas grades empresas não estão seguindo um padrão de qualidade técnica, principalmente na manutenção em rompimentos de cabos, está sendo feito emenda atrás de emenda, e em instalações o padrão e quantidade ao invés de qualidade.
O tema qualidade das instalações de cabos em postiação não é novo e não faltaram alertas sobre essa deteriorização.
A situação das instalações compromete a qualidade da engenharia do setor de telecomunicações. Não existe absolutamente nenhum padrão e controle e a qualidade prejudica não só os serviços prestados, como a imagem do setor junto a população.
O maior problema da ocupação dos postes são as grandes empresas que usam 3, 4, 5, 10, 15, enfim, quantos pontos de fixação elas quiserem. Infelizmente os postes viraram uma balbúrdia completa depois que essas "telecons" inaginaram que têm alguma capacidade de competir.
Kkkk os grandes tem como padrao lancar redes, regularizacao fica pra depois