Mercado ainda avalia tamanho dos danos da espionagem

Alguns analistas ouvidos por TELETIME News nesta quarta-feira, 28, não acreditam que a operação propriamente dita da Brasil Telecom possa ser prejudicada pelo escândalo. ?Operacionalmente está tranqüilo?, comenta Rogério Lima, do Banco Safra. Roberta Kosaka, do Banco Brascan, lembra que a estratégia da companhia está traçada, orçada, contando já com medidas concretas de financiamento e execução, em especial na telefonia móvel.
Inclusive, os resultados referentes ao segundo trimestre, a serem divulgados na próxima terça-feira, dia 3, devem continuar bons. A expansão da base, como ocorre com as outras incumbents, é desprezível. Mas houve melhora, segundo esses analistas apuraram em conversas com o pessoal de relações com o mercado, na banda larga. O EBITDA e a margem podem mesmo vir um pouco melhores, podendo haver surpresas menos auspiciosas, porém, no lucro líquido. Este teria sido prejudicado por provisões para cobrir litígios trabalhistas.
Sobre os riscos gerados pelas disputas entre acionistas, a analista Jacqueline Lison, da Fator Corretora acredita já estarem em grande parte ?precificados?.

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Roberta Kosaka avalia que mesmo o escândalo já pode ter sido precificado, talvez até em excesso, o que poderá tornar os papéis da BrT novamente atraentes.
Mesmo que operacionalmente a empresa esteja bem, não estão descartadas algumas possibilidades de problemas na administração da Brasil Telecom.
O principal foco desses problemas, que pode envolver a diretoria executiva, deve ser resolvido na Justiça: quem está pagando pela espionagem de acionistas da própria empresa? A Telecom Italia já interpelou a direção da Brasil Telecom e provavelmente os fundos seguirão o mesmo caminho.
Não se descarta no mercado financeiro, nesse sentido, a hipótese de uma eventual saída da CEO, Carla Cico, que admitiu ter contratado a Kroll. O impacto nos preços das ações não seria tão forte, segundo um dos especialistas ouvidos por TELETIME News. Pondera, contudo, que a demissão de outros diretores da operação poderia atrasar programas, afetando resultados futuros.
Já sobre a hipótese da retirada do apoio do Citibank ao Opportunity, os analistas acham pouco provável agora. Não necessariamente por lealdade a Daniel Dantas, o líder do grupo. Mas porque isso implicaria, no curto prazo,. a percepção de desorganização da Brasil Telecom, desvalorizando os recursos aplicados no fundo.

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