Vazamento teria motivado ação da PF

A distribuição entre jornalistas de dezenas de cópias de CDs com filmagens e relatórios sobre grampos e interceptações de e-mails feitos pela consultoria de segurança Kroll teria levado a Polícia Federal a antecipar para esta quarta-feira, 27, a operação de busca e apreensão nas instalações da própria Kroll, do Banco Opportunity e na residência do banqueiro Daniel Dantas e da presidente da Brasil Telecom, Carla Cico. Essa é a interpretação de membros do governo e também do jornalista Cláudio Tognolli, que tornou público o conteúdo dos relatórios por meio de reportagem na revista Caros Amigos, na semana passada. O volume de dados que estavam sendo divulgados teria feito a Polícia Federal tomar medidas mais enérgicas. As operações de espionagem que se tornaram públicas foram realizadas pela Kroll sob encomenda da Brasil Telecom (controlada do Opportunity) contra dirigentes de fundos de pensão e de executivos da Telecom Italia, com os quais mantém disputa societária. As investigações da Kroll resvalaram em integrantes do governo, imprensa e desafetos do Opportunity.
Tognolli disse ao TELETIME News que, de posse do material, havia mantido contato com o assessor de imprensa do presidente Lula, Ricardo Kotscho; com o senador Romeu Tuma (PFL/SP) e com outras personalidades do governo. O jornalista seria também recebido pelo ministro Luiz Gushiken. Mas como as informações vazaram, a PF preferiu tomar a dianteira. ?Foi uma ação reativa da polícia, que ou não havia visto e lido o CD ou não o possuía?, disse Tognolli.

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