Polícia Federal faz buscas no Opportunity e na Kroll

O delegado da Polícia Federal Romero Menezes, prestou declarações à imprensa sobre a ?Operação Chacal?, que apreendeu documentos do Opportunity, da Kroll e da Brasil Telecom nesta quarta, 26, em uma ação conjunta em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Ribeirão Preto. Trata-se da operação que desencadeou o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão referentes à atuação da empresa de investigações Kroll no Brasil, especificamente nos casos envolvendo a Parmalat e a Telecom Italia. A Kroll, como se sabe, foi contratada pela Brasil Telecom e pelo Opportunity para investigar, segundo a versão da empresa, a Telecom Italia, mas cujos relatórios mostram o monitoramento de membros do governo, inimigos do Opportunity, fundos de pensão, imprensa e grupos de comunicação.
Segundo o delegado, os mandados estão relacionados a endereços pertencentes a escritórios da Kroll, de empresas vinculadas ou contratantes da Kroll e de dirigentes e funcionários dessas empresas. A operação resultou na autuação em flagrante delito por formação de bando ou quadrilha dos funcionários da Kroll Vander Aloísio Giordano e Eduardo Gomide, gerentes de casos; Júlia Marinho Leitão da Cunha, investigadora e responsável pela contratação de prestadores de serviços terceirizados da Kroll; e de Rodrigo de Azevedo Ventura e Ricardo Sanches, técnicos de equipamentos da empresa de investigação. Ainda segundo o delegado Romero Menezes, foram apreendidos vários documentos, computadores e equipamentos de espionagem na sede da Kroll, em São Paulo. Entre esses equipamentos estavam alguns de uso exclusivo da Polícia Federal mediante autorização judicial para escuta de ambientes e de telefones. Foi necessário um caminhão para transportar todos os documentos e equipamentos apreendidos.
O delegado afirmou que foram encontradas provas que caracterizam os crimes de quebra de sigilo bancário, quebra de sigilo telefônico, divulgação de segredo e usurpação de função. Foram encontrados na empresa também documentos que, segundo o delegado, só deveriam ser levantados e divulgados através de processo judicial, o que levou a polícia a acreditar que servidores de empresas investigadas pela Kroll e servidores públicos estão envolvidos na facilitação do acesso da empresa a estes documentos.

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O delegado, em nenhum momento, citou as empresas Brasil Telecom e Opportunity, uma vez que a investigação está sob segredo de justiça e a polícia não pode citar nenhum investigado que não tenha sido preso em flagrante. Dos 16 mandados executados, sete estão em São Paulo, seis no Rio de Janeiro, um em Ribeirão Preto, um em Curitiba e um em Brasília. Sabe-se que entre os endereços estão as residências de Daniel Dantas e Carla Cico, além da sede do Opportunity no Rio. O delegado afirmou ainda que parte das pessoas investigadas deverão ser indiciadas, mas não citou nomes.

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