Controladora da Vivo, a espanhola Telefónica reportou balanço financeiro do segundo trimestre indicando aumento de dois dígitos no lucro, assim como a matriz brasileira. Foram 462 milhões de euros apurados entre abril e junho, em alta de 44,5%.
As receitas da operadora também avançaram, alcançando 11,667 bilhões de euros (+3,3%) em uma base orgânica que considera também a joint-venture do grupo com a Virgin Media no Reino Unido. Apontando forte momentum comercial, a Telefónica também aumentou a expectativa de receitas para o ano, de crescimento de "dígito único baixo" para alta de cerca de 4%.
A operação no Brasil contribui com o otimismo. A região foi a que obteve maior crescimento anual de receita no trimestre (7,6% orgânicos), acima de Reino Unido (6,2%), Alemanha (4,4%) e Espanha (0,3%). Na chamada Hispanoamérica, as receitas recuaram 0,4% no segundo trimestre. No geral, a Telefónica Brasil corresponde a cerca de 20% das receitas totais do grupo.
Já em termos de lucro operacional antes de depreciação e amortização (Oibda), a participação do Brasil fica em 26%, após crescimento orgânico de 11% na contribuição da Vivo com o Oibda da matriz – que avançou 3,5% no consolidado, para 3,689 bilhões de euros.
Investimentos
Já os investimentos do grupo cresceram 3,6% (para 1,675 bilhão de euros) em uma base que considera aquisições de espectro e a joint-venture no Reino Unido. Apesar da alta, a Telefónica reiterou que quer manter o capex em 14% da receita.
No Brasil, os investimentos da Vivo caíram 8,6% no segundo trimestre e 9,3% no semestre. A empresa explicou em coletiva na última quarta-feira que a redução se dá sobretudo pela base de comparação em 2022, que considerava a integração de ativos da Oi Móvel e parte dos desembolsos com o leilão 5G. No País, a meta do grupo Telefónica é investir R$ 9 bilhões neste ano.
