Um projeto de virtualização de redes corporativas de telecom empreendido pelo Grupo Enel permitiu a conexão de mais de mil equipamentos de rede (sites) da empresa em dez países, incluindo no Brasil. Realizada ao lado da consultoria Accenture, da fornecedora Cisco e da Sirti Digital Solutions, a iniciativa faz parte de um programa de transformação digital lançado pela companhia de energia elétrica em 2015.
Batizado Beyond Cloud Computing, o projeto prevê a fusão da rede SD-WAN da Enel e de soluções de computação de borda (ou edge computing), com aceleração da digitalização na nuvem pública. Segundo a Enel, este é o primeiro passo do grupo rumo à computação de borda, que irá reduzir a latência no processamento de dados e impulsionar sua capacidade de processamento distribuída.
Ainda segundo a empresa, iniciativa otimizou a operação de sistemas e gerou redução de custos através do gerenciamento remoto das operações de manutenção na Itália, Espanha, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Rússia, além de sites na América do Norte. Durante a pandemia da covid-19, cerca de 37 mil funcionários da Enel trabalharam remotamente com acesso às aplicações corporativas necessárias e com ajuda das melhorias.
A arquitetura em questão utiliza tanto redes privadas quanto públicas. A empresa de energia admite que havia há até pouco tempo uma "relutância" em usar a conectividade pública, mas que a hesitação foi deixada de lado graças à adoção de uma rede virtual dedicada segura, "oferecendo serviços de alta qualidade e redução de custos justamente pela integração com a infraestrutura privada".
A Enel também espera integrar tecnologias inovadoras à sua rede, como Internet das Coisas e realidade aumentada e virtual, facilitando o monitoramento, gerenciamento e manutenção de seus ativos.