O leilão de 5G deverá ficar para maio ou junho, e uma decisão sobre o posicionamento do governo brasileiro em relação aos fornecedores chineses como Huawei e ZTE ficará para 2021. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, confirmou que o momento atual é de "apuração de informações" que depois serão repassadas ao presidente Jair Bolsonaro. Porém, o tema não é tratado exatamente com urgência.
"Vou esperar a sinalização dele no momento adequado. Acho importante não se antecipar em nada", declarou Faria ao mencionar a Huawei em entrevista ao SBT, no programa Poder em Foco, no domingo, 26. "Não é o momento, cada coisa dentro do seu tempo. Isso vai ficar para o ano que vem."
Segundo o ministro, ele está aberto a receber as empresas, "tanto a Huawei quanto Ericsson e Nokia", para saber o que cada uma tem a dizer a respeito do assunto. Entre as informações que o governo busca estão a expectativa de investimento, "capacidade que têm em relação a prazo" e requisitos de transparência. No final, ele vai repassar as informações ao presidente. Ele reiterou que o assunto "extrapola" o Minicom, com a decisão cabendo apenas a Bolsonaro.
Leilão de 5G
Fábio Faria voltou a falar que o leilão das frequências que serão utilizadas para o 5G será realizado somente em 2021. Desta vez, porém, ele arriscou um período mais preciso. "Acho que em maio ou junho vamos conseguir realizar o leilão", declarou.
Mas há uma decisão a ser tomada em relação ao modelo do certame, se será arrecadatório ou em troca de investimentos e metas. Nesse quesito, Faria opinou: "Eu gosto dos dois, misturado, um pouco de cada modelo".
Confira a íntegra da entrevista: