TIM rechaça impacto em estratégia de banda larga caso IHS saia do País

Sócia da IHS na operadora de redes neutras I-Systems, a TIM não vislumbra impacto na estratégia para o mercado de banda larga caso a parceira do ramo de infraestrutura venda seus ativos no País.

O assunto foi comentado pelo comando da tele nesta terça-feira, 7, em teleconferência com analistas sobre os resultados da TIM no primeiro trimestre. CEO da empresa, Alberto Griselli afirmou que "com ou sem IHS não vemos impacto nenhum no objetivo que queremos atingir".

"Se eles decidirem vender vai ter alguém novo assumindo e nós vamos continuar a trabalhar com esse alguém novo, se isso acontecer", declarou o executivo, ao ser questionado por analistas sobre o possível cenário. Em março, o jornal Valor apontou que a IHS teria contratado assessores financeiros para realizar a venda de operações no Brasil.

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Atualmente, a I-Systems (sociedade da IHS com a TIM) é uma das fornecedoras de redes neutras para a tele na banda larga, sendo a outra a V.tal. Vale lembrar que nos últimos meses, a TIM tem registrado estagnação nas novas adições do serviço de fibra. "O fato é que o mercado continua desafiador e nós seguimos seletivos na expansão", afirmou Griselli.

Sobre outra operação iminente no segmento – a venda pela Oi da sua unidade de fibra óptica -, a TIM afirmou não ter novidades. Segundo o CEO, o negócio continua sendo complexo, justamente pela equação que envolve o uso de redes neutras (neste caso, da V.tal).

Torres

Ainda no campo da infraestrutura, a TIM também tem realizado um esforço de renegociação de contratos com parceiros do segmento de torres, envolvendo tanto o parque atualmente utilizado pela empresa quanto expansões de rede.

"Estamos buscando melhores condições", resumiu Griselli, destacando o impacto de reajustes pela inflação nos contratos antigos. A empresa também tem em curso estratégia para descomissionar 60% dos sites adquiridos da Oi Móvel, em trabalho em andamento, do qual a empresa já teria colhido grande parte dos benefícios.

A TIM afirmou ter cerca de R$ 100 milhões a menos em despesas recorrentes de arrendamento em relação há um ano, como reflexo do descomissionamento. Mas no primeiro semestre, a tele também pagou R$ 27 milhões em multas por rescisão de contratos.

Em paralelo, a busca por melhores condições comerciais com as torreiras também afeta os novos sites buscados para a expansão 5G. Vale notar que no primeiro trimestre os investimentos totais da TIM cresceram 5,1%, em movimento justificado com os aportes na quinta geração de redes.

Outra estratégia são os chamados biosites. "A TIM encerrou o 1º trimestre com 1.858 biosites ativos em sua rede. Essas estruturas, similares a um poste comum, são uma solução para densificação da rede de acesso móvel (antenas/torres) com baixíssimo impacto visual e urbanístico, menor custo e rápida instalação", declarou a operadora, na divulgação de resultados.

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