A Telebras começou com as ações práticas para resolver o problema do esgotamento da capacidade satelital da companhia nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. Um passo foi tomado nesta terça-feira, 7, com a abertura de uma consulta pública para buscar informações a respeito de fornecedores de infraestrutura, capacidade e soluções de satélites.
"No contexto do projeto de expansão da capacidade satelital nas regiões Norte e Nordeste, a Telebras pode explorar diversas alternativas que possam ser viáveis para fornecer acesso à Internet via satélite", informou a estatal. Entre as alternativas cogitadas, três foram destacadas pela empresa:
- Contratação de prestação de serviços de acesso à Internet
via satélite; - Contratação de segmento espacial;
- Aquisição de um ou mais satélites.
A primeira trata da contratação de prestação de serviços de acesso à Internet via satélite. "Esse é o modelo mais simples e que já é praticado pela Telebras, em consonância com as contratações empresariais diretamente relacionadas ao seu objeto social, nos termos da Lei das Estatais", informou a companhia.
Nessa possibilidade, a Telebras contrataria uma fornecedora externa, que proveria de forma integral o serviço de conectividade. A modalidade também prevê fornecimento de equipamentos (como as unidades remotas VSATs), bem como a operacionalização da logística e instalação desses dispositivos.
A segunda alternativa é a contratação de segmento espacial. Ou seja, a Telebras alugaria a capacidade do fornecedor. Este último forneceria o segmento espacial como infraestrutura. Esse tipo de modalidade, segundo informou a empresa, poderia ocorrer por meio de um contrato do tipo IRU (irrevogável direito de uso) – muito comum no mercado de telecomunicações.
No caso acima, a aquisição e instalação da infraestrutura terrestre de comunicação satelital seria de responsabilidade da Telebras. Já a manutenção e o suporte local para as unidades VSAT poderiam ser negociadas com o mesmo fornecedor dos equipamentos. No entanto, o fornecimento do acesso à Internet seria orquestrado pelo próprio quadro de colaboradores da Telebras.
A terceira alternativa destacada seria a aquisição de um ou mais satélites. "A Telebras, neste cenário, teria controle total sobre o payload do satélite, fornecendo os serviços de acesso à Internet e gerenciamento e monitoramento através de sua infraestrutura e equipe". Para a aquisição de satélites, além do próprio equipamento, seria necessário adquirir também toda a infraestrutura terrestre necessária, como as gateways e hubs centrais, segundo a Telebras.
Além disso, seria preciso contratar os serviços de instalação e ativação completos. A manutenção e suporte local seguiriam o mesmo padrão das duas primeiras alternativas mencionadas aqui nesta publicação, nota a estatal.
Viabilidade técnica
De acordo com a Telebras, a análise das alternativas se dará por meio de critérios como viabilidade técnica, financeira e operacional. "A decisão sobre eventual processo de contratação, com base nas informações obtidas na RFI [tomada de subsídios], deve alinhar-se com a missão da empresa de fornecer conectividade robusta e segura, maximizando o retorno sobre o investimento e atendendo às expectativas dos clientes de maneira sustentável".
Apesar das três alternativas destacadas pela Telebras, a companhia também listou sete modalidades que também podem ser exploradas para atender ao ao projeto de expansão da capacidade satelital no Norte e Nordeste.
Essas possibilidades incluem acordos de compartilhamento de capacidade de um satélite já em órbita, por exemplo; programas governamentais de incentivo e fomento, como a Finep; desenvolvimento e lançamento de nanossatélites; e, inclusive, investimentos em tecnologia de banda larga terrestre complementar a partir de redes de longo alcance como 4G e 5G.
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