As norte-americanas AT&T e AST SpaceMobile firmaram uma parceria para ofertar o que definiram como o primeiro serviço de banda larga via satélite, diretamente para telefones celulares comuns.
A data de lançamento não foi especificada, mas o acordo fechado tem seis anos (até 2030) e substitui o memorando de entendimento (MoU, na sigla em inglês) assinado pela dupla em 2020.
A expectativa da AT&T é que o serviço permita a integração com a rede sem fio da operadora e "quando necessário, preencha lacunas de cobertura em locais remotos e fora da rede, conectando-se aos dispositivos existentes de nossos clientes".
A AST SpaceMobile pretende entregar cinco satélites inicialmente para operação em baixa órbita e atendimento do acordo. A expectativa é que os primeiros artefatos possibilitem chamadas de voz, texto e vídeo, conforme testes realizados pela operadora.
A empresa tinha como meta o primeiro trimestre de 2024 para o lançamento dos satélites de órbita terrestre baixa, mas o CEO da AST SpaceMobile, Abel Avellan, afirmou que isso deve ocorrer entre julho e agosto. A AST SpaceMobile espera gastar US$ 150 milhões com os primeiros cinco satélites.
A operadora também colabora com Rakuten Mobile, Rogers Communications, Orange, Vodafone e American Tower para resolver lacunas de conectividade à Internet. No Brasil, a AST SpaceMobile está envolvida em testes de conectividade direta entre satélites e celulares ao lado da TIM e da Claro.
Maior operadora móvel dos Estados Unidos, a AT&T ainda é um investidor estratégico no player de comunicação via satélite direta para dispositivos, ao lado de players como Google e Vodafone.
Diferença entre os concorrentes
A AST SpaceMobile enfrenta concorrência de outros provedores de serviços diretos ao dispositivo, incluindo Lynk Global, Starlink e Project Kuiper, da Amazon.
No entanto, embora alguns dos rivais já tenham lançado SMS ou mensagens de emergência, o comando da empresa afirma que o trabalho com a AT&T permitirá texto, voz e streaming no serviço de banda larga em uma variedade de tarifas.
"Acreditamos que há uma parte significativa da população que estará disposta a pagar pelo serviço", explicou Avellan. "Eles entram e saem da conectividade nos Estados Unidos, por isso temos uma infinidade de pacotes".
Chris Sambar, chefe de rede da AT&T, será nomeado para o conselho de administração do provedor de satélite nos próximos meses.