Tecnologia Liquid App, da NSN, deve ser testada em estádio brasileiro

A principal novidade trazida pela Nokia Siemens Networks ao Mobile World Congress deste ano foi a tecnologia chamada de Liquid App. Trata-se, em essência, de uma tecnologia de distribuição em que o servidor onde ficam armazenados os conteúdos está localizado na ponda da rede, junto à estação base (BTS) de acesso móvel. Com isso, o tráfego gerado em função da demanda daquele conteúdo fica restrito ao acesso final de rádio, entre a antena e o handset do usuário, sem impactar o backhaul e  o core da operadora. A tecnologia é, em essência, bastante simples, pois consiste em um módulo ligado à BTS com uma grande capacidade de armazenamento, e um sistema  de controle instalado junto aos demais controles da operadora. Segundo o CTO da Nokia Siemens Networks do Brasil, Wilson Cardoso, a tecnologia abre uma nova possibilidade para as operadoras, capilarizando o conceito de CDN (Content Distribution Network), essencial em redes de banda larga, até o acesso final móvel. Além disso, para sites remotos, onde o backhaul depende de links de rádio ou satélite, o Liquid App ajuda a economizar tráfego. Também é uma aplicação que faz sentido para distribuição de conte'dos regionais, projetos governamentais que impliquem a distribuição de grandes quantidades de conteúdos regionalmente e também para publicidade móvel, já que a solução permite cruzar informações sobre os usuários que estão em determinadas células ou regiões com os conteúdos que possam ser exibidos para estes usuários.

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Outra aposta da NSN é que a tecnologia ajude a aliviar a rede em ambientes de grande concentração e uploads, como estádios de futebol, em que conteúdos filmados ou fotografados tendem a ser compartilhados imediatamente. "Em vez do conteúdo trafegar em toda a rede, ele vai para o módulo do Liquid App e de lá, aos poucos, ele é transmitido para o restante da rede, sem que o usuário precise esperar", diz Cardoso.

Uma das primeiras implementações do Liquid App, ainda em caráter experimental, será durante a Copa das Confederações em Recife. Segundo o executivo da NSN, a ideia é ter essa tecnologia disponível em dias de jogos, com grande concentração de pessoas, para que sejam feitas distribuições de conteúdos específicas para esse público e também para absorver o tráfego de upload. Cardoso não revela a operadora parceira.

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