Ericsson mostra novas implementações para tecnologias LTE

A Ericsson vem ao Mobile World Congress de 2013 com algumas propostas novas para implementação das tecnologias já existentes de redes móveis. Uma delas é o desenvolvimento do know-how para que links de rádio entre macro e pico-células possa ser feito sem a linha de visada normalmente necessária. Com ajuste na sensibilidade dos equipamentos e estudos sobre a degradação de sinal, a Ericsson desenvolveu uma forma de interligar micro e pico-células das suas redes usando os links de rádio tradicionais que operam na faixa de 20 GHz de forma refletida, ou seja, sem visada direta entre as antenas. Existe uma perda de sinal de qualidade no sinal, mas isso é compensado pela eletrônica das células e pelo gerenciamento da rede.
Outra novidade é a tecnologia de antenas integradas aos elementos eletrônicos da BTS, em um único módulo. Isso evita a instalação de cabos pela antena, melhora o aspecto da instalação e requer menos espaço de instalação. Segundo Lourenço Pinto Coelho, vice-presidente de marketing e estratégia da Ericsson, o diferencial da tecnologia é que a Ericsson conseguiu integrar tudo com um ganho de 3 dBs a 5 dBs, o que significa, no final da implementação da rede, uma necessidade menor de antenas e rádios. "O custo da rede como um todo fica menor a cada dB que você consegue ganhar no equipamento", diz.

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Preocupação

A fabricante é hoje a principal fornecedora de redes móveis no Brasil e manteve a posição nos contratos de LTE anunciados. Segundo Coelho,  há dois pontos de preocupação nesse momento. Um é a dificuldade de certificação dos equipamentos de hardware como produto desenvolvido no Brasil dentro dos critérios estabelecidos  pela Portaria 950 do Ministério de Ciência e Tecnologia. "Não existe desenvolvimento que leve apenas o Brasil em consideração. E infelizmente a maior parte do nosso desenvolvimento local é em software, que não é contemplado pela 950".

Outro desafio, segundo a Ericsson, é o tempo de regulamentação da política de desoneração do governo, o que tem feito com que as operadoras sejam mais cautelosas no planejamento e expansão das redes, adiando alguns investimentos. "Ninguém vai montar um projeto agora que depois pode ter problemas na aprovação".

Femtocell e WiFi

Outro desafio é a perspectiva de liberação do uso de femtocells no Brasil. "Existe um grande risco de que elas interfiram nas redes 4G. É preciso haver um controle rigoroso do ambiente em que essas femtocells serão instaladas", diz. O problema, explica o executivo, é que a falta de padronização da tecnologia pelo 3GPP faz com que seja impossível redes diferentes serem gerenciadas de maneira coordenada quando um sinal de femtocell interfere no sinal da rede 4G. "Se alguém tirar a femtocell e ligar ela em outro lugar, ela pode prejudicar imensamente a rede". A Ericsson tem subsidiado a Anatel em relação ao tema e espera que as regras para uso da tecnologia sejam rigorosas. "Quando padronizar fica mais fácil, mas agora é um elemento estranho interferindo na rede", diz. Segundo ele, a falta de padronização pelo 3GPP é a única razão pela qual a Ericsson não tem femtocells em seu portfólio.
De outro lado, a empresa, que há cerca de um ano adquiriu a BelAir para incorporar a tecnologia de WiFi ao seu portfólio, diz que hoje já  é possível ter uma rede WiFi perfeitamente gerenciada juntamente com os outros elementos da rede móvel., e essa é a aposta da empresa para cobrir pequenos ambientes.

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