O processo de privatização da Telebras não deve ocorrer em 2022, de acordo com a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que cuida das privatizações em nível federal.
Em cronograma apresentado pela secretária-executiva do PPI, Martha Seillier, a desestatização da empresa ocorreria apenas em 2023, bem como a das também estatais Serpro, Dataprev e EBC. Nestes casos, ainda não há modelagem definida e estudos ainda estariam em andamento, segundo Seillier.
Ou seja, na prática a continuidade do planejamento do PPI depende da definição eleitoral do fim do ano, que pode ou não reconduzir Jair Bolsonaro à presidência. O programa de "parcerias" com a iniciativa privada foi criado em 2016, durante o governo de Michel Temer.
B3
Também nesta quinta-feira, 27, a Telebras respondeu ofício da B3 afirmando não ter conhecimento de fatores que possam ter influenciado oscilação no preço das ações da empresa na quarta-feira, 26.
Na ocasião, os papéis preferenciais da estatal valorizaram 7,37%, em alta que chegou a 10,89% pela manhã, motivando questionamento da CVM. O volume de negociações até 12:30 também chamou a atenção da comissão: eram R$ 426 milhões movimentados, montante bem superior ao dos dias anteriores.
Já nesta quinta-feira, os papéis da estatal voltaram a perder valor e desvalorizaram 5,49% fechando o dia cotados em R$ 15,83.