Viber lança grupos abertos para usuários

Com a baixa aceitação de ferramentas novas (como a imposição do uso do aplicativo Messenger), o Facebook deixou um gargalo que vem sendo preenchido por apps de mensagens over-the-top (OTT). Por outro lado, a rede social também tem estabelecido regras cada vez mais rígidas e menos vantajosas economicamente para empresas divulgarem seu conteúdo. Unindo essas duas demandas, o Viber anunciou mundialmente nesta terça-feira, 26, o lançamento da ferramenta Grupos Abertos, que permite a criação de grupos com temáticas específicas, moderadores e controle de quem posta e quem apenas pode seguir as mensagens.

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O Grupos Abertos deverá ser lançado em cerca de duas semanas, durante o mês de setembro, inicialmente apenas em versão móvel, nos aplicativos para Android e iOS. No começo, somente os parceiros poderão oferecer o recurso, mas, eventualmente, qualquer usuário (ou empresa) poderá criar seus próprios grupos, que terão ainda links abertos que poderão ser compartilhados.

"A gente não criou um feed, no qual uma marca vai fazer um monólogo, replicando uma rede social. A gente traz a dinâmica do grupo (em apps de mensagens) para que uma marca possa interagir", afirmou o diretor geral do Viber no Brasil, Luiz Felipe Barros.

Para ajudar a promover o novo recurso, o Viber estabeleceu mais de 40 parcerias com empresas de conteúdo no Brasil. Essas companhias contarão também com a nova plataforma Hotlines, para oferecer às marcas um número personalizado para enviar mensagens. Uma das parceiras, o canal Esporte Interativo, por exemplo, tem o número 1001. A iniciativa, segundo Barros, terá também uma API aberta para auxiliar no gerenciamento dos grupos, inclusive por meio de desktop. Para controlar o fluxo de mensagens – e o nível da conversa –, o Viber oferece ferramentas de reporte de conteúdo ofensivo e uma "lista negra" de termos proibidos nos Grupos.

A promoção de grupos de empresas, segundo Luiz Felipe Barros, não será realizada dentro do próprio Viber, por meio de notificações. "Temos a preocupação de não sermos invasivos, não fazemos propaganda dentro do Viber, teremos outros recursos", promete. "Não queremos nos tornar um canal de spam nem para nós mesmos".

Futuro

O Viber possui atualmente 17 milhões de usuários no Brasil, dos quais 70% estão na faixa etária de 13 a 25 anos. Esse perfil mais jovem, diz Barros, é justamente o que promove transformação – e que já nem usa mais redes sociais como Facebook. Por isso mesmo, a companhia não tem intenção de integração com contatos com esses sites. Segundo ele, isso "poluiria" o Viber porque o perfil de contatos é diferente entre plataformas.

No mundo, são 400 milhões de usuários e 608 milhões de downloads. Até o final do ano, a companhia pretende anunciar mais novidades, "duas por mês". Entre elas, duas possibilidades apontam no horizonte. "Teremos algumas ferramentas voltadas para o mercado corporativo. Não posso anunciar, mas a maior parte está pronta ou em fase de testes", diz Barros. Outra novidade que deverá enfim sair do papel é o de parceria com operadoras, que ele garante que não foi uma ideia deixada de lado. Segundo o executivo, as discussões começaram no início do ano, ficando "quentes" a partir do segundo trimestre. Agora, as conversas estariam avançadas e o resultado concreto poderá ser apresentado ainda em 2014.

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