Parceiros do Viber querem usar Grupos Abertos como app de segunda tela

O aplicativo de mensagens over-the-top (OTT) Viber lançou nesta terça-feira, 26, o Grupos Abertos, que permite que empresas (e até usuários) criem grupos que possam ser seguidos por qualquer pessoa. A iniciativa tem como principal modelo de negócios a parceria com companhias produtoras de conteúdo, com a ideia de utilizar o app para promover ações e, em especial, recurso de segunda tela.

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A ideia é permitir um recurso de interação com usuários, bem como promover conteúdo para públicos específicos. "É a experiência de segunda tela, o ao vivo vai acontecer de verdade e terá real-time marketing", garante o diretor geral do Viber no Brasil, Luiz Eduardo Barros.

Os produtores audiovisuais estão apostando na novidade. A programadora A+E Networks, dona dos canais A&E, History, e Lifetime no Brasil, quer ampliar a experiência que já possui com redes sociais, como Facebook e Twitter. "Temos visto um resultado fantástico, crescimento de canais, eles vão totalmente ao encontro do crescimento das plataformas", informou o diretor de marketing digital da A+E, Caio Fochetto. O objetivo é fortalecer as marcas com os fãs, mantendo a dinâmica de app de segunda tela em um novo canal de comunicação "mais direto e sem ruído". "Queremos aumentar a comunicação – no caso do (canal) History, com aliens", brinca Fochetto.

A programadora prometeu ainda o lançamento do canal H2 (History 2) no Brasil em dois meses. "Em outubro vamos lançar o H2, que é uma extensão do History, com muito que os saudosos pedem (de conteúdo), afirma a diretora de marketing dos canais da empresa, Maria Vianna Maligo.

Já o Esporte Interativo formará quatro grupos: o principal, com o nome do canal, levará jornalistas e apresentadores para falar sobre programação em geral. O segundo será especializado na liga de futebol americano, NFL, voltado ao público "de nicho", segundo o diretor e apresentador da empresa, Fábio Medeiros. "Não adianta falar sobre NFL para quem não entende", justifica.

Outros dois grupos são destinados à liga de luta livre WWE (nos moldes dos antigos programas Telecatch) e aos campeonatos de MMA, cujo grupo será batizado de Nocaute. "Já pensamos até em stickers", diz Medeiros, referindo-se ao recurso de adesivos virtuais do Viber.

Portais de entretenimento

Entre as empresas anunciadas como parceira está o Omelete, site de entretenimento brasileiro há mais de 14 anos no ar. O editor e diretor do site, Marcelo Forlani, diz que acredita na nova plataforma. "Todos os dias, os editores estarão online para conversar com leitores que assinarem o grupo", diz. A ideia é trazer também a cobertura de eventos. "A gente não vê como apenas gastando o nosso tempo". Trata-se, na verdade, da primeira grande investida em mobile da empresa, que em breve também terá o site reformulado e contará com aplicativo para smartphone e tablet. O Omelete deverá ainda promover o conteúdo de séries próprias com o novo recurso no Viber.

O blog Não Salvo também disponibilizará grupos abertos, com publicações diárias e "real time com a TV", como explicou o criador do site, Maurício Cid. Também é uma aposta na plataforma móvel: o site tem 27 milhões de acessos mensais, sendo 500 mil diários, mas o acesso em aplicativos é bem mais modesto. São 28 mil acessos no Vine, 21 mil no Snapchat e 115 mil no Instagram, além do Facebook (2,2 milhões) e Twitter (400 mil). A ideia é usar o Viber para poder entrar em contato com os leitores "fiéis" de maneira mais dinâmica. "O Twitter é muito bagunçado, para acompanhar (as premiações) Emmy ou Grammy, é complicado", diz Cid.

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