A realização da Copa do Mundo no Brasil deverá gerar uma grande demanda por serviços de dados nas redes móveis, mas o quão grande exatamente será essa demanda é algo difícil de prever. As operadoras, obviamente, traçaram planos para ampliar a capacidade na rede de acesso nas cidades-sede dos jogos, em pontos que devem concentrar a maior demanda por dados, e na teoria, suas redes de transporte e core estão preparadas para absorver o volume de pacotes trafegados, mas imprevistos acontecem.
Pensando nisso, a Alcatel-Lucent está trazendo para o Brasil um time de especialistas em transporte IP e roteamento dos Estados Unidos e da Europa para ajudar as teles brasileiras a enfrentar qualquer dificuldade que o aumento da demanda possa vir a causar. "O tráfego deve ter um crescimento muito forte e ainda não sabemos exatamente o que vai acontecer. Por isso vem o time, que traçarão estratégias, por exemplo, de rotas de tráfego para as operadoras que já têm equipamentos instalados da Alcatel-Lucent", explica o diretor presidente da Alcatel Lucent no Brasil, Javier Rodriguez Falcon.
A questão é que, segundo o executivo de arquitetura de inovação da fornecedora, Alessandro Nascimento, o uso de dados nas redes móveis em grandes eventos esportivos tem um efeito cascata. "Pelo que vimos na Copa da África do Sul e nas Olimpíadas de Londres, muitos posts em redes sociais, fotos e vídeos postados dos estádios e lugares que concentram os torcedores acabam tendo um efeito multiplicador em toda a rede", comenta.
"O que estamos fazendo é trazer para mais perto dos clientes o suporte remoto de atendimento de nível 2. Mas de maneira geral acredito que na parte de core (de rede) as operadoras estão bem preparadas e acho que não vamos ter problema", avalia Falcon.
Serviços profissionais
Além dessa força tarefa, a Alcatel-Lucent também vendeu serviços profissionais para operação assistida de rede durante a Copa do Mundo para algumas operadoras, conta Falcon. "Mais de uma operadora comprou o serviço profissional de operação assistida", diz o executivo, sem revelar as operadoras.
