Segundo o diretor de negócios da operadora WND, Eduardo Iha, a tecnologias de redes de amplo alcance e baixo consumo energético (LPWA, na sigla em inglês) designadas para Internet das Coisas, como a que sua empresa criou com a tecnologia SigFox, da qual é representante no Brasil, podem permitir um modelo de negócios na contra-mão do que as operadoras de telecomunicações têm experimentado atualmente. Isso porque, para atender a demanda de conectividade para IoT que não necessitará de grande largura de banda, mas sim de economia de energia, a estratégia pode simplesmente se ater à conectividade em escala que isso traz. Ou seja: como uma utility, com uma rede simples e funcional.
"Temos orgulho de ser dumb pipe, porque o modelo foi pensado para isso, os custos operacionais são baixíssimos, e isso permite oferecer escala global", declarou ele, durante Fórum de Operadoras Alternativas organizado pela TELETIME e pela Mobile Time nesta segunda, 26. O modelo se baseia em oferecer também uma plataforma mundial com cotações, compra, tabela de preço e serviços premium. "O negócio não precisa construir (infraestrutura), já está pronto. E por menos de um dólar por ano no preço da conectividade", afirma.
"Quando olha projetos em larga escala, como utility, é zero ou milhões", declara, reforçando a estratégia baseada na quantidade de acessos na IoT. "A WND é uma empresa de atacado, não vamos ter loja", explica, destacando que os planos podem chegar a US$ 0,70 anuais por acessos com duas conexões por dia.
A empresa tem hoje a maior cobertura dedicada exclusivamente a IoT no Brasil, que atende praticamente todo o território nacional onde existe potencial para atividades comerciais, e desenvolveu um modelo de fomentar parceiros em diferentes verticais para atuar exclusivamente com soluções de IoT que funcionam no modelo LPWAN, ou seja, de baixa potência e baixos volumes de tráfego, mas grandes coberturas e longuíssima autonomia de baterias.