TIM investirá US$ 1,5 bi; condições da BrT GSM estão em estudo

A TIM planeja investir nos próximos dois anos no Brasil um montante de US$ 1,5 bilhão. "este ano, investimos UR$ 1 bilhão, praticamente tudo em infra-estrutura, expandindo nossa rede em praticamente três sites novos por dia", afirmou Mario Cesar Araujo, presidente da TIM Brasil, nesta quinta, 25. "O mercado brasileiro é hoje muito importante para a TIM mundial, é o segundo mercado para eles depois da Itália", disse, ao comentar o processo de venda de alguns ativos da tele na América Latina. "Não sei porque eles tomaram esta decisão, mas posso dizer que ouvi dos acionistas que o Brasil é um lugar para se investir".
A TIM também diz que não se incomoda especialmente com a entrada da concorrente Brasil Telecom. "Concorrência movimenta o mercado para todo mundo", diz o presidente da operadora. Sobre os planos agressivos da BrT GSM, Mario Cesar Araujo diz que a TIM está analisando as condições oferecidas pela Brasil Telecom fixa à sua subsidiária móvel e, se estas condições forem economicamente vantajosas e estiverem dentro da legalidade, a TIM poderá pedir isonomia. "Não conheço os detalhes deles, não sei se é um modelo saudável, não tenho espião olhando isso. É preciso ver por quanto tempo a BrT GSM mantém essa estratégia ou se isso é apenas para conseguir uma massa crítica inicial". Segundo o executivo, o processo de análise dos planos da BrT deve ser concluído ainda este ano.
Mario Cesar Araujo diz não sentir falta de sinergia com uma operação fixa. "É algo com que se convive. Se eu não tenho uma operação fixa, monto meu planejamento de outra maneira. A maior operadora do mundo, a Vodafone, não tem operação fixa. Se eu tivesse uma fixa, a estratégia seria outra, mas não tenho e convivo bem com isso. Cada um com as suas armas. Eu tenho um acionista forte, comprometido com a operação e colocando dinheiro aqui".

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Peso importante

Durante a apresentação, Mario Cesar Araujo fez questão de destacar também os US$ 6 bilhões de investimentos feitos pela Telecom Italia no Brasil e o tamanho da operação móvel do grupo italiano no contexto mundial. "Hoje somos 14% do grupo em termos de receita e 22,5% da base de assinantes. E essa defasagem entre receita e market share só existe por conta da diferença cambial entre Brasil e Italia". Segundo Mario Cesar Araujo, no terceiro trimestre a operadora chegou 12 milhões de assinantes, 1,9 mil cidades cobertas e EBITDA positivo, "pelos critérios italianos". O market share da TIM é hoje 20,2%, diz o executivo, contra 15% há dois anos. "Foi um crescimento expressivo".
Mario Cesar Araujo acha otimista demais a previsão da Anatel de que o mercado de celular no Brasil chegará aos 68 milhões, mas acha que 64 milhões é um número razoável para 2004 e projeta 74 milhões para 2005, "e nosso market share tende a aumentar".
Sobre os serviços de valor adicionado, Mario Cesar Araujo ressaltou que essa é uma estratégia importante para empresa e que alguns serviços, ainda que não ofereçam alta lucratividade, servem para mostrar que a empresa está na liderança tecnológica. Sobre o percentual da receita obtido com novos serviços, o executivo diz que pelos critérios da TIM, que não consideram acesso à caixa postal como VAS, as receitas com novos serviços representam 4,5% do que é gasto pelos assinantes. A TIM pretende lançar até o começo de 2005 o Blackberry, um serviço associado a um aparelho desenvolvido especialmente para acesso a emails. A TIM também prevê que em quatro ou cinco anos o percentual de base com TDMA deverá estar reduzido a um mínimo, como é hoje com o serviço analógico, em torno de 4% a 5%.

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