Embora a Telefônica/Vivo tenha registrado uma queda de 5,2% nas receitas fixas, fechando o segundo trimestre de 2013 em R$ 2,95 bilhões, o diretor geral da empresa, Paulo Cesar Teixeira, destacou em conferência de divulgação dos resultados o que classificou como o "turn around" da divisão que concentra os negócios de voz e banda larga fixa e de TV por assinatura. "Estamos com foco no cliente de alto valor. É a primeira vez nos últimos quatro trimestres que o número de adições líquidas de conexões fixas cresce. Excluindo a desconexão do MMDS, crescemos 118 mil conexões", comemora.
As linhas fixas de voz registraram 13 mil novos acessos no trimestre, o primeiro resultado positivo num trimestre em relação ao anterior desde o terceiro trimestre de 2010. Foram também 84 mil novas conexões banda larga, que embora viessem aumentando trimestre a trimestre, tiveram nível similar de crescimento somente no terceiro trimestre de 2011. E na TV paga, excluindo-se a desconexão dos clientes do MMDS, uma vez que a operadora teve de devolver a faixa de 2,5 GHz por exigência do leilão de 4G, teria havido uma adição líquida de 21 mil clientes entre abril e junho de 2013 – Teixeira lembra que seria o primeiro resultado positivo no negócio de TV desde o quarto trimestre de 2011. "Registramos a melhor evolução do IPTV e uma adição selecionada de clientes para o DTH", ressalta. Os clientes com fiber-to-the-home (FTTH) já somam 145 mil e são 1,4 milhões de domicílios cobertos com a infraestrutura de fibra (homes passed). "Temos uma penetração de mais de 10% dos serviços na rede de fibra, os acessos IPTV dobraram em relação ao trimestre anterior e nossa expectativa é chegar a 1,8 milhão de homes passed até o final do ano", revela o executivo.
No DTH, a Telefônica/Vivo lançou uma nova estratégia em 13 de junho, com forte investimento em marketing com foco em clientes do interior do estado de São Paulo cobertos com as redes de cobre da operadora e que já têm serviços de voz fixa ou banda larga. "Estamos focando nossa estratégia na oferta triple play desde junho, com vendas de DTH focadas no interior de São Paulo onde temos redes de cobre, pra reforçar fidelidade de clientes de voz e banda larga", conta. Atualmente, 34,7% das receitas fixas vêm dos serviços de banda larga e TV por assinatura.
Dividendos e Capex
O Capex da Telefônica/Vivo no segundo trimestre foi de R$ 1,25 bilhões, alta de 9,5% em relação a igual período de 2012 por conta de investimentos na expansão da rede de fibra, cobertura 3G e 4G e para garantia da qualidade dos serviços. Os investimentos para 2013 estão previstos em R$ 5,7 bilhões, incluindo os cerca de R$ 480 milhões que a companhia terá de investir para realinhamento da subfaixa L de 1,9 GHz para 2,1 GHz.
Segundo Teixeira, as pressões por investimentos não afetarão a política de pagamento de dividendos da empresa, que tem uma forte geração de caixa. Historicamente, a Telefônica distribui a seus acionistas cerca de 95% de seu lucro líquido. A empresa realizará até o dia 21 de dezembro o pagamento de R$ 1,499 bilhão referente ao exercício de 2012.
