Mesmo sendo prometido como um dos pontos principais nas propostas de discussão do evento, a participação de países em desenvolvimento na abertura do NetMundial nesta quarta, 23, foi tratada de maneira marginal. Cuba e Qatar ressaltaram o problema, destacando que não apenas é necessária a discussão da abertura da Internet, mas do acesso a recursos e à infraestrutura para a instalação da rede.
"Quando consideramos governança de Internet, devemos considerar pontos de políticas públicas, incluindo aspectos legais, de desenvolvimento, abrangentes, econômicos e socioeconômicos", disse o secretário geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré. Ele destacou que promover o acesso à Web é um dos elementos "inestimáveis" para alcançar as metas da agenda pós-2015 da ONU para o desenvolvimento humano.
"A Índia é importante para a Internet com 200 milhões de usuários", disse o ministro de assuntos exteriores da Índia, Vinay Kwatra, lembrando que, em dois anos, esse número chegará a 500 milhões de acessos. "É necessário um ecossistema de Internet sensível à cultura de todas as nações, não apenas de um grupo seleto de setores", defendeu.
Segurança
Houve também outros assuntos com pouca atenção. Citando a cibersegurança, um dos pontos originais do rascunho submetido ao NetMundial foi o ministro da informação de Bangladesh, Hasanul Haq Inu, relembrou o discurso original da presidenta Dilma na Nações Unidas em 2013. "Não há razão pela qual no século 21 não possamos ter um ciberespaço livre de ciberarmas", declarou.