Vivo, Claro e TIM somam receita de R$ 121 bilhões em 2023, alta de 8,5%

Após a divulgação de resultados do consolidado de 2023, a receita líquida somada das principais operadoras do Brasil – Vivo, Claro e TIM chegou a R$ 121,5 bilhões, em crescimento de 8,5% na comparação com o ano anterior (R$ 112 bilhões). Os números foram compilados pelo Teletime a partir da divulgação dos balanços das empresas.

No ano passado, o maior crescimento percentual registrado nas receitas foi o da TIM, com avanço de 10,70%, para R$ 23,83 bilhões. Dona da maior receita, a Vivo avançou 8,4%, para R$ 52,1 bilhões. Por sua vez, a operação da Claro apurou alta de 7,41%, para R$ 45,6 bilhões. 

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No aspecto dos lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), indicador que utilizado para avaliar o desempenho operacional e a capacidade de geração de caixa, as companhias apuraram juntas uma expansão de 11,3%, para R$ 52 bilhões.

A TIM também saiu na frente no Ebitda em termos percentuais, com expansão de 14,2% no ano, para R$ 11,6 bilhões. Em seguida, surgem Claro, com avanço de 10,7%, para R$ 19,1 bilhões; e Vivo, que teve alta de 10,5% – para R$ 21,3 bilhões que representam o maior Ebitda do trio.

Já em margem Ebitda, a TIM teve média de 48,9% em 2023 e a Claro, de 43%. A Vivo teve margem Ebitda média de 40,9% no ano.

Quando o assunto é lucro líquido, a Claro não reporta resultados consolidados no Brasil. Na TIM, os números cresceram 50,3%, para R$ 2,6 bilhões, ao passo que a Vivo avançou 23,1%, com lucro líquido de R$ 5 bilhões em 2023.

Segmento móvel

O grande motor do crescimento das teles em 2023 foi o segmento móvel, onde o trio ainda colhe benefícios da integração dos ativos da antiga Oi Móvel, da maior possibilidade de repasses da inflação e de um mercado mais "racional".

Na receita com serviços móveis, as principais operadoras atuando no País cresceram juntas 12%, chegando a R$ 84,4 bilhões em 2023.

Neste aspecto, o principal avanço percentual foi da Claro, de 14,2%, para R$ 25,9 bilhões. A TIM cresceu 11,08%, para R$ 21,8 bilhões, e a Vivo, 10,8%, chegando a R$ 36,6 bilhões. Tais cifras consideram serviços móveis (a maior porte do bolo), mas também a venda de equipamentos para usuários e outras fontes de monetização.

O principal elemento da estratégia móvel são os acessos pós-pagos. Dona da maior base do gênero no Brasil, a Vivo cresceu 5,3% na modalidade em 2023, para 61,8 milhões de acessos. A Claro avançou mais proporcionalmente: 9,6%, para 51,4 milhões. E a TIM saltou 1,3%, para 27,2 milhões.

Fixo

Por outro lado, nas receitas com serviços fixos, as teles fecharam o ano com alta de 3,4%, para R$33,1 bilhões na soma dos três grupos.

Os resultados foram mais modestos que no móvel. Dona da maior receita fixa entre o trio, a Claro recuou 0,5% em 2023, para R$ 19,7 bilhões, após pressão de serviços de voz e de TV por assinatura; a empresa vê perspectiva positiva para este ano. Já a Vivo cresceu 3,1%, alcançando R$ 15,4 bilhões em faturamento fixo. Bem menor na vertical, a TIM somou R$ 1,2 bilhão (+4,6%).

(Colaborou Henrique Julião)

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