Capex da Vivo para 2022 continuará na média, diz Gebara

Christian Gebara, CEO da Vivo

Apesar da aquisição de parte dos ativo da Oi Móvel e do leilão do 5G, o Capex da Vivo em 2021 foi de R$ 8,685 bilhões, o que não é tão distante da média dos últimos anos. Segundo o CEO da operadora, Christian Gebara, essa cifra deverá ser mantida neste ano, pelo menos dentro da variação de cerca de R$ 1 bilhão prevista. 

A principal razão para isso é que o investimento feito para adquirir a licença das faixas do 5G já foi realizado em termos contábeis, e por isso não afetará o Capex total da operadora. Além disso, boa parte dos custos com as outorgas serão convertidos em investimentos para implantar a própria rede de próxima geração, conforme as regras do edital do 5G da Anatel. 

Desta forma, Gebara é taxativo em relação ao capital de investimento: "Sim, podemos esperar o mesmo nível de Capex, de R$ 7,9 bilhões até R$ 8,8 bilhões na média dos últimos três anos". O racional da companhia ainda leva em consideração que, na medida em que as tecnologias migram para fibra e para o 4G e 5G, a operadora não precisa destinar recursos para o cobre, DTH ou 3G, por exemplo. 

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Outro fator a ser levado em consideração é a separação da infraestrutura de rede na Fibrasil, companhia de rede neutra no atacado na qual a Vivo divide o controle com o fundo canadense CDPQ. "Estamos com novos modelos, como o Fibrasil, para evitar Capex. Haverá Opex [custos operacionais], mas isso será compensado com o fluxo de caixa", argumenta. 

Aquisições

Especificamente para os serviços digitais, a Vivo não descarta crescimento inorgânico. Gebara diz que a empresa já investe em startups por meio da Wayra, mas não há pressa para oferecer novas parcerias para a chegada dos clientes vindos da Oi Móvel, que deverão migrar para a nova operadora em uma janela de 12 meses

"Talvez consideremos outro veículo para investir mais e que se encaixe no portfólio tanto do B2B quanto do B2C", afirma o executivo, lembrando que a operadora conta ainda com a Telefónica Tech, do grupo controlador espanhol e que atua também no Brasil. "M&A não está fora de questão, mas precisa fazer sentido e considerando [que passará pela] Wayra para fazer o investimento no País."

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