Huawei analisa sua transição para marca voltada ao consumidor final

Dois anos atrás, a Huawei decidiu que deixaria de ser uma marca conhecida apenas dentro da indústria de telecom para se tornar atraente junto ao consumidor final. Não se trata de uma transição fácil para uma empresa de infraestrutura de rede. Outras tentaram fazer isso no passado e não conseguiram. "Transformar-se ou morrer é uma das regras dessa indústria", disse o vice-pesidente do grupo de negócios para o consumidor final da Huawei, Colin Giles, durante coletiva de imprensa neste domingo, 23, em Barcelona, na véspera da abertura do Mobile World Congress (MWC).

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O executivo apresentou alguns números dos últimos dois anos para mostrar que a decisão está surtindo efeito. Segundo ele, o brand awareness da marca melhorou significativamente no mundo todo, graças ao patrocínio de diversos clubes de futebol e do campeonato espanhol. As vendas cresceram mais de 100% em todas as regiões: Europa (+147%), América Latina (+201%), Oriente Médio e África (650%) e Ásia (+396%). Na Alemanha, as vendas aumentaram quatro vezes, na Itália e no Reino Unido, três vezes. Em alguns desses mercados, a empresa superou 5% de share. "São números ainda modestos, mas estamos no caminho certo", disse Colins.

Nesse período, a Huawei praticamente parou de fabricar aparelhos para marcas de terceiros e passou a adotar a sua própria, presente agora em 95% do seu porfólio. Ou seja, fez a transição de ODM para OEM. Além disso, migrou seu portfólio de feature phones para smartphones (87% dos modelos são dessa categoria agora). E fez lançamentos que chamaram a atenção pelo poder de processamento (Ascend D2), tamanho da tela (Ascend Mate) e velocidade (Ascend P2). O mais recente, Ascend P6, acumula 3 milhões de unidades vendidas.

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