A Algar Telecom está "totalmente aberta" e avaliando opções para a utilização de redes neutras na expansão da oferta de banda larga fixa, afirmou a empresa durante o Teletime Tec Redes & Infra, promovido em São Paulo por TELETIME nesta terça-feira, 22.
Diretor de tecnologia e redes da operadora mineira, Wendel de Melo explicou que a alternativa é considerada para alguns contextos – sendo motivada por fatores como a dificuldade do acesso aos postes em certas cidades. Conversas para um avanço foram travadas com os principais players da cadeia neutra, apontou Melo ao TELETIME.
"Para nós, ser dono da rede é um diferencial, mas há oportunidades sim em redes neutras", explicou o executivo, durante debate com concorrentes da banda larga. A resolver estariam questões técnicas como estrutura do atendimento, do modelo operacional e outros alinhamentos.
A Algar espera concluir em 2023 a migração de assinantes da banda larga para a fibra, atingindo 100% dos clientes na tecnologia. Até setembro, 764 mil acessos da empresa estavam na base óptica, dentre total de 781 mil.
Mobwire
No caso da Mobwire (fusão da Mob Telecom e da Wirelink), uma outra espécie de compartilhamento foi citado pelo diretor sênior de redes, Cid Kuahara, durante o Teletime Tec: o compartilhamento de núcleo (core) de rede entre provedores regionais.
"Cloud computing talvez vire gargalo para os pequenos e alguém vai ter que fazer isso para eles", apontou o profissional. A própria Mobwire (empresa da Alloha Fibra) desponta como operadora com atuação B2B regional relevante, com mais de 100 mil km de backbone atendendo provedores, especialmente no Nordeste.