Representantes da Coalizão Direitos na Rede (CDR) reuniram nesta terça-feira, 22, com a equipe de comunicação do governo de transição do presidente eleito Luis Inácio Lula da Silva para apresentar a agenda da sociedade civil sobre direitos digitais.
Na conversa, Paloma Roncillo, diretora do Instituto de Referência em Internet e Sociedade (IRIS), destacou que a agenda apresentada reforçou as políticas públicas de acesso à Internet e regulação de plataformas, apesar do tema de acesso ter dominado boa parte do tempo da conversa.
"80% da conversa girou em torno do acesso. Acredito que isso também se deveu muito em função do que o Lula falou durante a campanha. Eles estão tentando ainda juntar as peças para montar uma agenda. Acho que ainda tem um trabalho bem longo, pela frente. Tivemos pouco tempo. Mas eles reforçaram para a gente mandar os documentos, elencar objetivos", disse Roncillo.
A diretora do IRIS destacou ainda que a agenda apresentada hoje teve como fundamento o manifesto com propostas para uma agenda de direitos digitais publicado pela Coalizão Direitos na Rede (CDR) em setembro.
Dificuldades
Segundo Paloma Roncillo, os integrantes do GT disseram que o governo Lula pode enfrenter uma certa dificuldade, em um primeiro momento, para algumas agendas, pois há no contexto um Congresso difícil, que pode fazer uma forte oposição.
"Achei que a conversa foi boa. Os representantes da equipe de transição se demonstraram muito abertos. Enfatizaram que é possível que o governo Lula seja um governo com dificuldades e pediram nossa compreensão para essa conjuntura", afirmou a diretora do IRIS.
