Highline vence sem concorrência leilão de torres da Oi

Foto: Pixabay

Sem concorrência, a Highline foi a vencedora do leilão dos ativos da Oi nesta segunda-feira, 22. O processo ocorreu no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, coordenado pelo juízo da recuperação judicial da operadora, Fernando Viana. Tanto o administrador judicial da operadora, o Escritório Arnoldo Wald, como o Ministério Público opinaram pela homologação da proposta ratificada da empresa.

Desta forma, ficou mantida a proposta vinculante da empresa de infraestrutura do grupo DigitalBridge no valor de R$ 1,697 bilhão por 8 mil torres de infraestrutura fixa da Oi. Conforme constava na oferta, são R$ 1,088 bilhão no fechamento da operação e mais R$ 609 milhões até 2026, a depender da quantidade futura da infraestrutura a ser utilizada – ou seja, de acordo com a renovação (ou não) da concessão da telefonia fixa.

A ideia para a Oi é poder mostrar uma saúde financeira maior no processo de finalização da RJ, que deverá acontecer até o final deste mês. Com a venda dos ativos, a empresa apresentará uma melhor condição de caixa, já que não necessariamente precisará abater a dívida como aconteceu no caso da venda da Oi Móvel.

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Apear de terem demonstrado interesse na operação ao longo da última semana, nem a IHS e nem a American Tower apresentaram lances. Conforme TELETIME apurou, a ideia foi a visualização de alguns detalhes estratégicos, como a localização e capacidade dos sites, serviços operados etc. 

Para poder realizar a venda do ativo no contexto da recuperação judicial, a Oi criou a unidade SPE Torres 2. A primeira, contendo torres móveis, foi justamente vendida para a Highline ainda em 2020

Injeção de caixa

Em nota, o presidente da Oi, Rodrigo Abreu, reiterou que a operação deverá trazer uma saúde financeira para a operadora ao fim do processo da RJ. Confira na íntegra:

A venda do lote de torres fixas para a Highline é um dos últimos eventos previstos antes do fim do processo de Recuperação Judicial da companhia, ao lado da formalização do processo de venda da base de assinantes DTH. Essa venda permite a injeção de novos recursos na Companhia, e traz ainda um potencial aporte adicional em 3 anos, com flexibilidade quanto ao uso e obrigações futuras das torres vendidas, em função da evolução da sua necessidade operacional. Todos esses movimentos são importantes para a continuidade do plano de transformação da Oi, que prevê o redirecionamento do nosso foco para os serviços de fibra ótica e soluções digitais para os segmentos consumidor, empresarial e corporativo, reinventando assim a Companhia para atender às novas necessidades do mercado e da visão de longo prazo da empresa.

Expectativa

Em comunicado, a Highline destacou que espera concluir a venda até o fim de 2022, dependendo das aprovações da Anatel e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). "Superar o leilão junto ao Juízo da Recuperação Judicial foi um passo importante, vamos trabalhar agora nas próximas etapas dessa transação. Nossa disposição em investir reforça nosso compromisso em colaborar com a modernização do mercado de telecomunicações e continuar oferecendo as melhores soluções para nossos clientes", declarou o CEO da empresa, Fernando Viotti.

"Visamos concluir o processo até o final do ano. Estamos numa fase de transição tecnológica para o 5G e esse movimento reafirma nosso plano de apoiar a expansão da cobertura móvel em um formato sustentável e responsável, tanto das grandes operadoras quanto dos provedores regionais", complementou o diretor de estratégia e novos negócios da Highline, Luis Minoru Shibata. 

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