Pelo menos mais duas empresas estão interessadas nas torres de serviço fixo da Oi: a IHS e a American Tower. Ambas as companhias de infraestrutura estariam analisando o ativo para decidir se entra com uma proposta formal no processo de concorrência para a venda do ativo, marcado para a próxima segunda-feira, 22.
O leilão se refere à venda de 8 mil torres da operadora por um valor de R$ 1,697 bilhão, baseado na proposta vinculante da Highline. A aproximação das duas companhias no processo foi noticiada primeiro no site Tele.Síntese nesta quarta-feira, 17, e que afirma que ambas foram as únicas a manifestar interesse. O edital pode ser conferido clicando aqui.
A informação foi confirmada por TELETIME, tanto no que envolve a IHS quanto no que tange a American Tower. Ambas contam com estratégia de avanço na infraestrutura de rede, incluindo no de rede neutra. A IHS é parceira da TIM na I-Systems, spin-off da operadora para a rede no atacado, e tem mostrado apetite pela compra de torres. Além dos sites móveis, a American Tower também tem sua própria rede neutra, mas focada em serviços de Internet das Coisas.
Segundo apurou este noticiário, contudo, havia a expectativa de que até mesmo mais empresas entrassem no processo, considerando que ele é sem custos e o acesso ao processo permite a visualização de alguns detalhes estratégicos, como a localização e capacidade dos sites, serviços operados etc. Uma surpresa, por exemplo, foi a ausência da SBA. Também segundo apuração deste noticiário, pelo menos uma das empresas que pediram acesso ao processo já identificou que há poucos modelos de negócio que poderiam ser desenvolvidos nesses sites a não ser o aluguel para a própria Oi, considerando a localização e tipo de infraestrutura. Também não haveria, da parte de uma das proponentes, interesse em apenas parte dos sites.
A Justiça do Rio de Janeiro liberou a realização do leilão para a venda dos ativos no último dia 4 de agosto. Para realizar a operação, a Oi criou a SPE Torres 2 (uma outra unidade com torres móveis já havia sido vendida, justamente para a Highline, ainda em 2020). (Colaboraram Henrique Julião e Samuel Possebon)