Exportações da indústria brasileira de telecom caem 19% no primeiro semestre

Dados da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) sobre a balança comercial do setor também revelaram uma queda de 19,9% nas exportações da indústria nacional de telecomunicações no primeiro semestre.

Durante a primeira metade de 2023, as vendas para fora de fabricantes sediadas no Brasil somaram US$ 132,7 milhões (cerca de R$ 640 milhões, na cotação do final de junho). O número ficou bem abaixo dos US$ 165,7 milhões registrados em período similar do ano anterior.

Segundo a Abinee, uma das causas para a queda foi a redução nas exportações de estações rádio base (-54%) ao longo do semestre. Especificamente em junho, as vendas externas de aparelhos de radiodifusão também sofreram queda relevante, notou a entidade.

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Já as importações da indústria brasileira de telecom no primeiro semestre cresceram 10,6% e alcançaram US$ 1,356 bilhão até junho, revelou a Abinee. Isso significa déficit da balança de US$ 1,233 bilhão para o segmento de telecom no semestre. Semicondutores e componentes para telecomunicações estão entre os itens mais importados pela cadeia eletroeletrônica brasileira.

Na Abinee, a área de telecomunicações inclui fabricantes de equipamentos, acessórios e cabos para telecomunicações, equipamentos de comutação pública e empresarial, de transmissão e comunicação de dados, terminais de telecomunicações (exceto aparelhos celulares), sistemas de telefonia celular, equipamentos de radiocomunicação e radiodifusão, entre outros.

Consolidado

No primeiro semestre de 2023, o déficit da balança comercial de toda a cadeia de produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 18,1 bilhões, 3% abaixo do apontado no mesmo período de 2022. A redução ocorreu em função da queda de 1,6% nas importações (US$ 21,4 bilhões) e do aumento de 6,2% nas exportações (US$ 3,3 bilhões), em movimento oposto ao da cadeia de telecom.

A maior parte do déficit setorial ocorreu em função dos negócios com os países da Ásia (US$ 14 bilhões), sendo que, somente com a China, o saldo negativo atingiu US$ 10 bilhões. Os negócios com os países da Associação Latino-Americana de Integração (Aladi) foram os únicos a apresentar superávit na balança comercial de produtos do setor, totalizando US$ 662 milhões.

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