A devolução da faixa de 700 MHz pelas empresas da radiodifusão ao fim da transição da TV digital, agendada para 2016, voltou a ser apontada como solução para a expansão dos serviços de telefonia móvel. Desta vez, a defesa partiu do ministro das Comunicações, Hélio Costa, que vê nesta faixa uma saída para os problemas de saturação dos serviços apontados pelas operadoras móveis. "Acho que isso vai ser resolvido quando entrarmos no processo de devolução das frequências, como a de 700 MHz", afirmou o ministro.
Esta faixa é alvo também da cobiça das próprias empresas de radiodifusão, que podem usá-la como canal de retorno sem precisar das teles como intermediário, ou na oferta de multiprogramação. A ideia já foi defendida publicamente pelo assessor especial da Casa Civil André Barbosa, o que mostra que o assunto deve continuar gerando polêmica nos próximos anos.
Costa minimizou as previsões das móveis de que alguns estados podem ter problemas de comunicação nos serviços móveis já em 2011. A aposta do ministro é que as empresas podem esperar pela faixa de 700 MHz. E, se há de fato problemas, as empresas devem apresentar provas concretas ao governo. "A menos que elas cheguem aqui com um documento consistente de que elas estão com um problema crônico. Ai a gente pode reavaliar", declarou. Para Hélio Costa, apenas a cidade de São Paulo pode apresentar maiores dificuldades de sustentar a expansão dos serviços móveis exigindo, talvez, a criação de um plano específico para a capital.
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