O presidente da Anatel, Elifas Gurgel do Amaral, disse nesta terça-feira, 21, que o índice preliminar para o reajuste de tarifas para a telefonia fixa calculado pela Anatel em 7,27% "é baixo". O índice foi obtido com o desconto do fator de produtividade de 1% sobre o IGP-DI, estimado em 8,35%. "É um índice baixo e acredito que este ano não haverá disputa entre agência, ministério (das Comunicações) e operadoras", comenta Gurgel, que abriu nesta terça o Seminário "Política de Telecomunicações – Desafios presentes e futuros", promovido pela Revista TELETIME. Segundo o presidente da agência, as operadoras estão fazendo simulações para definir em que itens da cesta de tarifas serão aplicados o reajuste, e as propostas ainda não foram entregues à Anatel. O reajuste de tarifas poderá ser aplicado a partir do próximo dia 2 de julho, após o prazo de 48 horas para publicação dos reajustes no Diário Oficial e em veículos de grande circulação.
O secretário executivo do Ministério das Comunicações, Paulo Lustosa, que também participou do evento, compartilha da opinião do presidente da Anatel. "Temos uma relação melhor com a Anatel e com os players do que o ministério anterior, e acredito que não haverá disputa no reajuste deste ano", opina Lustosa. Para o secretário executivo, quem negocia com as operadoras é a Anatel. "Somos solicitados a mediar possíveis entendimentos, mas sem interferir. Não podemos impor alterações que fujam ao marco regulatório", pondera. De acordo com Lustosa, a mediação do Minicom ainda não foi solicitada nem pelas teles nem por parte do Governo.
Reajuste de tarifas