Pirataria no Brasil multiplicou após crescimento da IPTV, afirma América Móvil

Controladora da Claro, a América Móvil avalia que a pirataria de conteúdos da TV por assinatura no Brasil tenha se multiplicado nos últimos dois anos, sobretudo após operadoras passarem a apostar na entrega via tecnologia IPTV – ou seja, streaming pela Internet pública.

"O lançamento da IPTV abriu as possibilidade para aumentar níveis de pirataria em três ou quatro vezes frente ao que tínhamos dois anos atrás", afirmou o diretor de operações fixas da América Móvil, Oscar Von Hauske, nesta quarta-feira, 20. Segundo ele, o Brasil é a principal vítima da tendência na região, seguido de países da América Central.

"Grande parte do mercado usa esse tipo de serviço [pirata] no Brasil. São operações muito sofisticadas que hackeiam conteúdo na Internet para entregar via set-top box e smart TVs", completou Von Hauske, durante call sobre os resultados da AMX no terceiro trimestre.

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O problema também foi destacado pelo CEO da controladora da Claro, Daniel Hajj, e apontado como uma das causas para a queda de clientes no segmento. A TV por assinatura perdeu 181 mil clientes no Brasil entre julho e setembro. O número representa quase a totalidade de desconexões no intervalo entre empresas da América Móvil.

Em paralelo, o downgrade de planos de TV por assinatura no Brasil associado à migração para serviços de streaming foi outro fator citado durante divulgação de resultados. Em um ano, a receita da América Móvil com TV paga reduziu 5,2%, enquanto no Brasil o percentual recuou 12,5%.

Ainda assim, a Claro segue como líder inconteste do segmento no País, com market share de 44% e quase 6 milhões de acessos. Parte da nova estratégia convergente para a cadeia, o Claro Box TV encerrou o trimestre com 190 mil assinantes.

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