Connectoway aposta em provedores regionais diversificando receita B2B

Paulo Frosi, da Connectoway

Distribuidora de equipamentos com ampla atuação entre provedores de banda larga, a Connectoway está apostando na diversificação das receitas de operadoras regionais no mercado corporativo, para além da oferta da conectividade.

Head de enterprise da Connectoway, Paulo Frosi afirmou ao TELETIME que vê as provedoras "bem posicionadas" para atender a demanda B2B de uma maneira mais ampla – passando por ofertas como cibersegurança e cloud. Diante de grandes do setor com estratégia similar, as regionais teriam como diferencial a capilaridade fora das capitais e entre clientes de menor porte.

Além de terem a "faca e o queijo na mão" para atuação ao lado de PMEs para além dos grandes centros, projetos de cidades inteligentes e segurança ao lado do setor público também estariam em alta, entende Frosi. O mesmo vale para ativações de redes dedicadas e privativas, incluindo com SD-WAN e equipamentos WiFi 6.

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No caso da nova geração de roteadores, Frosi nota que o apelo corporativo da solução já está bem à frente do visto no varejo, onde a oferta do WiFi 6 está começando a ganhar tração entre as operadoras. Recentemente, a Connectoway atuou em projetos com a tecnologia no Carnaval de Fortaleza e em show do Guns N' Roses em Goiânia, ambos ao lado de ISPs.

Ativações do gênero feitas de forma direta (sem a presença de operadoras) também têm crescido na Connectoway. Um exemplo é projeto com WiFi 6 em ciclovia do bairro paulistano da Vila Olímpia, realizado ao lado da Enel X. Mas sobretudo entre pequenas e médias, o papel a ser exercido pelas provedoras da Internet será importante, avalia a distribuidora.

A abordagem, contudo, passa por decisão estratégica. Isso porque o retorno do investimento B2B seria diferente da geração de caixa imediata possível no B2C, o que exigiria alguma tranquilidade. "São tempos diferentes", afirmou Frosi.

Por outro lado, a diversificação de receitas com serviços de valor agregado na área de TI geraria impacto tributário positivo, uma vez que o imposto incidente nas operações é menor que o de telecom. Neste sentido, Frosi aponta que a simples oferta de conectividade para o mercado corporativo não pode ser confundida com a diversificação de receitas B2B – que precisaria passar pelos novos serviços.

Hoje, a ampliação de receitas no mercado corporativo faz parte da estratégia de grandes e pequenas. Entre as operações regionais, Algar Telecom e a Mobwire podem ser consideradas referências. Já entre a grande maioria dos provedores, a receita B2B rondaria entre 10% e 15% do faturamento, estima a Connectoway.

Como já apontado por TELETIME, outra tendência vista pela distribuidora no mercado dos provedores é a modernização de redes de transporte, inclusive para escoamento do tráfego 5G. Vale lembrar que a Connectoway é uma das principais distribuidoras da Huawei, passando por equipamentos até cloud, além de ter parcerias com empresas como a Check Point (cibersegurança) e a Hikvision (produtos de segurança).

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