Receita líquida do Grupo Algar cresce 12,3% e o endividamento diminui

O Grupo Algar fechou 2004 com lucro líquido de R$ 160 milhões, o que representou lucratividade de 10%. A receita líquida no ano foi de R$ 1,7 bilhão, com crescimento de 12,3% em relação ao ano anterior. O Ebitda no período foi de R$ 432 milhões, o que significa elevação de 12,3%. O endividamento do grupo também melhorou. A dívida de curto prazo – cerca de R$ 270 milhões com bancos privados e BNDES, há um ano – foi alongada, o que deixou o grupo numa situação mais confortável, explica o CEO José Mauro Leal Costa. Atualmente, o valor total está em cerca de R$ 497 milhões para pagamento em longo prazo.
Essa dívida ainda é herança da época da privatização das telecomunicações no País, quando o grupo investiu na ATL e numa participação na Tess. Já se esperava que com empreendimentos desse tipo houvesse prejuízo numa primeira fase, até que as operações se tornassem auto-sustentáveis. Mas o grupo acabou por desistir dos projetos e os vendeu. Porém, a dívida era da holding, e não das operações, explicou o CEO. ?Fica como aprendizado não dar o passo maior que as pernas?, disse ele. ?Mas o passo também não pode ser menor.? A última etapa da venda desses ativos ocorreu há quatro anos e junto foi uma parte da dívida. O que restou está sendo pago com geração de caixa na área de telecomunicação, garante o CEO. O executivo atribui à eqüação da dívida os resultados positivos do grupo e admite que a solução foi possível também porque a situação econômica do País influenciou.

Resultados

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O grupo tem focalizado duas grandes áreas: agronegócios e telecomunicação. Esta última respondeu por 61% do faturamento do grupo no ano passado, ante 60% em 2003. Para este ano, a participação deverá crescer para 65%. A partir de 2008 o percentual poderá ficar em cerca de 50%, porque a unidade de agronegócios deverá crescer dos atuais 32% após a expansão dos negócios com a construção de uma nova fábrica de esmagamento de grãos no Maranhão. Os serviços em telecomunicação estão concentrados na CTBC (telefonia fixa, móvel, comunicação de dados, serviços de rede, acesso à internet, data center e TV a cabo) e na ACS (contact center).
A CTBC fechou 2004 com 750 mil clientes na telefonia fixa (Arpu de R$ 87,30); 350 mil clientes móveis (Arpu de R$ 48,80); 29 mil clientes de banda larga (Arpu de R$ 63,50), com penetração de 3,5% em sua área de concessão e meta de atingir 5% até o final do ano); e 30 mil clientes de TV a cabo.
O market share em telefonia fixa foi de 98%; na móvel, 42,1%; e na longa distância, com o número 12 para seleção da prestadora, em minutos, 73,2%. A receita líquida em telecomunicação foi de R$ 889,4 milhões.

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