Empresa 2.0. Este foi o tema principal do Enterprise Forum 2008, que aconteceu nesta quarta-feira, 20, em Paris, promovido pela Alcatel-Lucent, reunindo cerca de 8 mil profissionais, parceiros de negócios e funcionários de 41 países.
A CEO da Alcatel-Lucent, Pat Russo, destacou que as empresas precisam transformar a forma de comunicação e mudar a atitude, pois hoje a proliferação de informações exige um gerenciamento diferenciado. Apenas 20% dos dados estão estruturados, os outros 80% estão na cabeça das pessoas. ?A rede é o centro do gerenciamento, compartilhamento e colaboração em tempo real?, explicou.
Essa ?empresa dinâmica? exige novas demandas para os CIOs, com novos estilos de gestão, serviços web 2.0 e mobilidade. Segundo, Tom Burns, CEO do Enterprise Business Group da Alcatel-Lucent, os novos desafios são corresponder às expectativas dos negócios, gerenciar a complexidade e obter performance. Para isso, as empresas terão de manter relações fortes com empregados e clientes, ter uma comunicação simples e incentivar a produtividade. ?A geração que nasceu depois de 1981 quer ficar superconectada, é uma nova geração de trabalhadores?, completa.
Metas
O CFO da Alcatel-Lucent, Hubert de Pesquidoux, surpreendeu a platéia ao não apresentar qualquer número. Ele falou sobre dez metas que a companhia pretende perseguir em 2008, após uma pesquisa realizada sobre o comportamento dos consumidores. ?Vamos investir na empresa dinâmica, com wikis (enciclopédias on-line), blogs, instant message, podcasts e redes sociais?, afirmou. Além disto, a Alcatel-Lucent pretende focar-se em redes abertas, segurança, mobilidade, comunicação unificada, entre outros serviços. Para isso, conta com as inovações originadas no Bell Labs, que incorporou na fusão com a Lucent.
Pat Russo também não revelou números. Disse apenas que a empresa cresceu 9% em 2007 e gerou 8% de margem operacional (no ano passado faturou 17,8 bilhões de euros), com um crescimento expressivo na área de contact center, em serviços e venda de produtos enterprise para operadoras.
Brasil e América Latina
Dentre as estratégias anunciadas pela Alcatel Lucent, duas terão impacto imediato no Brasil e América Latina: a oferta de soluções para pequenas e médias empresas e o lançamento de roteadores para completar o portfolio de produtos de rede, que agora conta com uma alternativa de acesso.
Victor J. Agnellini, presidente para o Caribe e América Latina, disse que a região teve um ótimo desempenho em 2007, sem revelar o montante. A Alcatel-Lucent, como grupo, teve seu melhor ano em vendas de equipamentos IP, superando a cifra de 1 bilhão de euros. "Nesse segmento, na América Latina, crescemos mais de 50% em 2007?, explica Agnellini.
Em abril, a empresa lança a plataforma de contact center BiCS- Business Integration Communication Service, com o objetivo de atender pequenas e médias empresas, que demandam pouca complexidade na instalação e operação. O cliente pode contratar e incrementar o número de usuários pela internet. A expansão é feita sem qualquer complicação e de forma automática.
O jornalista viajou à Paris a convite da empresa.