A velocidade de download da Internet 5G brasileira cresceu 40% no terceiro trimestre de 2023, em relação ao terceiro trimestre de 2022. Isso significa que a taxa de transferência passou de 312,09 Mbps no ano passado para 443,93 Mbps. Os dados fazem parte de estudo da empresa de medições Ookla (dona da ferramenta Speedtest).
Com o resultado, o Brasil ficou na quinta posição quando o assunto é nações com maiores médias de velocidade de download no 5G. No terceiro trimestre deste ano, o Brasil apareceu atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos, Coreia do Sul, Malásia e Catar, respectivamente. Já no mesmo período do ano passado, o País apareceu na décima posição.
No relatório, a empresa destacou o papel do leilão do 5G no País para o avanço desses resultados. "Em novembro de 2021, o leilão do espectro 5G em várias faixas no Brasil encerrou, o que não apenas gerou compromissos totais de R$ 47,2 bilhões, mas também permitiu que as operadoras oferecessem velocidades muito mais rápidas em espectro 5G dedicado em comparação com o DSS", informou a Ookla.
A Ookla também mencionou que, com um próximo leilão de faixas de espectro dedicadas ao 5G, a expectativa é de que a posição da quinta geração de redes móveis no Brasil avance ainda mais.
5G no mundo
A média da velocidade de download no Brasil é mais do que o dobro dos 203 Mbps observados globalmente. Os países líderes são Emirados Árabes Unidos e Coreia do Sul, com 592,01 Mbps e 507,59 Mbps.
O estudo da Ookla também reportou o NPS, ferramenta que mede a fidelidade e a satisfação do cliente. No geral, a satisfação dos usuários de redes 5G com a operadora é maior do que a satisfação daqueles que só usam 4G. "Não é surpreendente, dado que, a nível global, o 5G teve uma velocidade média de download 637% melhor do que o 4G e uma velocidade média de upload 130% melhor", explicou o estudo.
Apesar disso, a empresa de medições observou queda anual no NPS para 5G: "Isto pode apontar para o fato de que o entusiasmo pelo 5G como uma nova tecnologia está a diminuir na medida que os utilizadores se habituam a velocidades mais rápidas ou na medida que os clientes aguardam novos casos de utilização que possam tirar partido das velocidades mais rápidas que o 5G pode proporcionar. Afinal, ainda estamos esperando por aquele aplicativo 'matador' para 5G, da mesma forma que o vídeo e o streaming eram para 4G", avaliou o estudo.
