Brasil Telecom mostra planos contra perdas na telefonia fixa

As principais fontes de receitas da Brasil Telecom devem apresentar, no futuro, impactos significativos que estão forçando a empresa a rever sua estratégia para o futuro. Em apresentação a analistas de mercado realizada nesta segunda, 19, a tele expôs a expectativa de que soluções mais baratas de acesso fixo se intensifiquem (como o telefone social), redução de tráfego por conta de VoIP, queda no acesso à internet por dial-up, migração para telefonia celular e queda nas receitas de interconexão. Para compensar essas perdas, a Brasil Telecom aposta na integração de sua rede móvel com a fixa (um serviço que pode ser anunciado no começo de 2006 mas que ainda esbarra na falta de terminais híbridos), no crescimento da penetração móvel, na expansão da banda larga aliada à oferta de serviços de VoIP e melhoria dos corporativos, inclusive com a integração das soluções de PABX virtual com a rede móvel da empresa.
Na oferta de VoIP, uma das apostas da empresa é a base de clientes dos serviços de acesso banda larga oferecidos pelos provedores iG e iBest fora da área de concessão da Brasil Telecom. São cerca de 170 mil clientes destes portais conectados a redes banda larga que estão nas regiões da Telefônica e da Telemar, o que significa 25% do total de clientes de acesso à internet em alta velocidade.

Crescimento e Capex

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A base de acessos ADSL deve crescer cerca de 30% a 40% em 2006, frente aos 1 milhão de assinantes registrados neste final de 2005. Já a rede móvel da Brasil Telecom deve chegar a 3 milhões de clientes, contra os 2 milhões atuais. Em algum momento de 2007, explica Ricardo Knopfelmacher, presidente da empresa, a tele deve atingir o break even de sua operação móvel, que deixará de ser, então, um fator de agressão às margens da empresa. Isso deve acontecer quando a base for de cerca de 3,5 milhões de clientes.
Dos investimentos a serem feitos em 2006, a telefonia fixa deve consumir R$ 1,2 bilhão (a maior parte na banda larga), a telefonia móvel consumirá outros R$ 500 milhões (notadamente na ampliação da penetração e expansão para cerca de 80 cidades) e entre R$ 600 milhões e R$ 800 milhões nas despesas decorrentes das regras estabelecidas nos novos contratos. Esse chamado "Capex regulatório" decorre principalmente das despesas para a adaptação das redes e sistemas da empresa à nova forma de tarifação por minuto em lugar dos pulsos, mas também pelo telefone social e pelos novos custos decorrentes dos planos de universalização e qualidade.

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