TIM diz que setor "tem lição de casa a fazer" na redução dos custos de transmissão

O diretor de assuntos regulatórios da TIM, Mário Girassole, diz que alé de reivindicar a redução da carga tributária, o setor de telecomunicações precisa, antes, fazer a sua própria "lição de casa" no que diz respeito aos custos das redes de transporte de telecomunicações. Segundo ele, em cidades em que há poucas opções de provedor de rede de transporte, esse custo chega a ser de 60% da operação dos serviços. "A banda larga tem que resolver um problema de infraestrutura e abertura das redes. O custo de transmissão cresceu 250%. Se a infraestrutura está na mão de uma empresa só, em geral uma concessionária, esse custo no Brasil é alto. O mecanismo de compartilhamento é ineficiente", disse. Por rede de transporte ele se refere à capacidade de backbone e backhaul disponíveis. "O custo de transmissão tem que entrar no Custo Brasil. E é uma parcela que as empresas podem fazer o dever de casa".
Esta semana, o presidente da TIM, Luca Luciani, encaminhou correspondências à Anatel e ao Ministério das Comunicações expondo este problema. "Cabe à Anatel definir estas questões de custos das redes de transporte, com a regulamentação de EILD. Desde 2006 a agência tem dados trimestrais sobre esse mercado, é só sentar e fazer o acerto".
Girassole diz que a Telebrás tem um papel importante nesse cenário. "Telebras é infraestrutura, e toda infraestrutura é boa. Se a Telebras é uma alternativa para comprar capacidade onde não tem alternativa, talvez seja uma coisa boa. Nesse jogo a Telebras é um elemento a mais". O executivo ressalta que essa é uma bandeira em que a TIM assume o pioneirismo, mas diz que outras empresas pensam da mesma forma. "Somos um pouco pioneiros nesse tema. Não é que a gente não goste de falar de tributação, mas não é o único problema. Será que fazendo nosso dever de casa não teremos credibilidade maior, não teremos mais peso?". A TIM espera que esse tema seja encampado pela Telebrasil e que entre nas propostas do setor, consolidadas na Carta do Guarujá.

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