Com decoder brasileiro, Acom planeja expansão em três cidades

A Acom, operadora de TV paga por MMDS digital, recebe nos próximos dias um significativo aporte financeiro para a sua nova etapa de crescimento. Como se sabe, a operadora iniciou suas operações com uma plataforma de MMDS digital de um fornecedor que descontinuou a sua linha de produção dois anos depois, o que atrapalhou a estratégia da companhia. Agora, a Acom conseguiu um novo fornecedor, a Unicoba, que tem fábrica em Manaus e montará equipamentos com tecnologia Octal/Technotrend. O projeto da Acom é para 30 mil caixas a serem instaladas nessa nova fase.
Entre os planos da operadora estão a expansão nos próximos dois meses das operações, hoje pré-operacionais, nas cidades de São Luiz/MA e Teresina/PI. A operação de Campos/RJ também será ativada ainda este ano, completando o conjunto de sete operações com a bandeira Net Brasil. Em seguida, a Acom pretende expandir as suas operações hoje pré-operacionais nas cidades de Juiz de Fora e Ipatinga, em Minas, ainda no primeiro trimestre de 2007, e em seguida Santos/SP, Campo Grande/MS e Cuiabá/MT, todas estas com programação NeoTV. Segundo Mário de Paula, presidente da operadora, com a nova tecnologia será possível oferecer serviços interativos (a caixa tem retorno Ethernet), pesquisas e votações online e ainda a expansão da oferta HBO.

Combinando bases

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Um dos grandes desafios da Acom será combinar a nova base de decoders que será introduzida nesta fase de expansão com a base existente de decoders antigos. Do ponto de vista operacional, serão mantidos dois acessos condicionais. Um da Nagra, para a base antiga, e um novo, da Comvenient. Segundo Mário de Paula, a opção pela nova tecnologia de acesso se deve ao fato de que a empresa irmã da Acom em Portugal, a AR Telecom, já utiliza a solução da Comvenient e haverá ganhos de escala (o principal sócio da Acom, o grupo SGC, é português e sócio da AR Telecom). Segundo Mário de Paula, o simulcript (coexistência de duas tecnologias de encriptação) já foi testado e vai funcionar.
Outro desafio é em relação às diferenças tecnológicas. "A nova tecnologia vem com um conjunto de serviços, canais e preços diferentes, porque é melhor", diz o executivo.
O acesso banda larga da Acom, que hoje tem 3,5 mil assinantes, continuará sendo baseado na tecnologia DOCSIS, e com base nesta tecnologia é que talvez ainda este ano a Acom lance seu primeiro serviço de VoIP. "WiMax é algo em que acreditamos muito para o futuro. A Neotec (associação de operadores de MMDS) está fazendo um belo trabalho junto à comunidade internacional, trabalhado com a Sprint nos EUA no sentido de viabilizar o WiMax nas freqüências de MMDS. Mas os custos ainda são relativamente altos, por isso nossos primeiros serviços de voz serão em cima do DOCSIS", diz o presidente da Acom.

ABTA 2006

Mário de Paula participa como palestrante no Congresso ABTA 2006, na sessão "Cabo e MMDS digital: balanços e perspectivas", onde participam ainda Virgílio Amaral (TVA) e Márcio Carvalho (Net Serviços), cada um apresentando suas experiência na implantação de plataformas de TV digital. A sessão acontece dia 1, às 14:00, no evento, em São Paulo
Em outra sessão, operadores de pequeno e médio porte apresentam suas experiências no desenvolvimento de serviços de banda larga, voz e digitalização. Falam a Viacabo (Antônio Salles), que apresentará o Projeto Thor, de desenvolvimento de uma solução de distribuição digital única para pequenos operadores, a TVC Marília (Luiz Eduardo Diaz) e a TV Cidade (Luiz Felipe Gasparini). Mais informações sobre o evento estão disponíveis no site www.abta2006.com.br ou pelo telefone (11) 3120-2351.

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