A agência de risco Standard & Poor's (S&P) elevou os ratings corporativos da BrT e da BrT Participações de ?brAA? para ?brAA+? na Escala Nacional Brasil. A S&P também avaliou como ?brAA+? as debêntures que serão emitidas pela BrT no total de R$ 500 milhões em série única e com vencimento em 5 de julho de 2009. A perspectiva do rating foi mantida em estável, e, segundo a própria operadora, trata-se da única empresa do setor de telecomunicações no País a ter essa classificação.
Em fato relevante enviado à CVM para informar o mercado sobre o rating da S&P, a Brasil Telecom destaca os pontos positivos da análise da agência de risco: os ratings ?refletem a posição de liderança de mercado ocupada pela Brasil Telecom em suas áreas de concessão ? o que lhe permite obter uma geração de caixa sólida e estável ?, bem como a estratégia da empresa de migrar gradualmente sua base de produtos para uma plataforma mais diversificada e de maior valor agregado?.
A S&P em sua análise ressalta, contudo, que "por ser uma entidade regulada, a Brasil Telecom permanece exposta a um arcabouço de regras razoavelmente novo e ainda em evolução".
Sobre a dívida, a S&P diz que "a empresa vem registrando elevados níveis de liquidez e tem sido cuidadosa na utilização de seu fluxo de caixa livre e na aplicação de seus investimentos, mantendo assim seu endividamento sob controle ? o que, em parte, explica sua boa reputação no mercado e lhe permite obter amplo acesso a linhas de crédito no mercado doméstico. Por outro lado, a empresa vem aumentando seu endividamento em moeda estrangeira, que atingiu cerca de 30% de sua dívida total em 2004. Em função de suas receitas serem originadas no mercado doméstico, a empresa enfrenta o descasamento de moedas nos períodos não cobertos por operações de hedge (acima de dois anos)".
A S&P entende que a BrT, por contar com uma posição de caixa de R$ 2,9 bilhões em março de 2004 e esperar fluxo de caixa livre no exercício de 2004 de cerca de R$ 1 bilhão, será capaz de honrar amortizações (de principal e juros) no total de R$ 1,7 bilhão nos próximos 12 meses.
A principal necessidade de capital da Brasil Telecom em 2004 está associada à Brasil Telecom Celular, diz a S&P, o que exigirá investimentos de cerca de R$ 1 bilhão, "dos quais R$ 845 milhões já em 2004".