Analistas apostam que Slim ficará com a rede da Net

São cada vez mais intensos os rumores sobre o crescente interesse do magnata mexicano Carlos Slim, novo controlador da Embratel, pela operadora de cabo Net Serviços. Ironicamente, o próprio presidente do BNDES, Carlos Lessa, que se manifestou contra a Telmex (controlada por Slim) no episódio da venda da Embratel, seria agora simpático a essa idéia, segundo fontes bem situadas. A família Marinho já teria inclusive recebido oferta concreta.
O interesse do empresário mexicano seria exclusivamente pela rede física da Net, de 6 milhões de homes passed nos mercados mais fortes do País e que conta com 1,35 milhão de assinantes. Seria uma forma de expandir a Vésper, que é a operação local da Embratel. As redes de TV paga, em geral, estão bastante adaptadas à prestação de serviços de VoIP, e a da Net não é diferente.
Já o interesse da operadora e de sua maior acionista, a família Marinho, é, além de reduzir parte de sua pesada dívida em moeda estrangeira, concentrar-se no seu core business, que é a produção e distribuição de programação de televisão.

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Controle

Na eventual compra completa da Net, incluindo a licença para operar TV a cabo, Carlos Slim, por ser estrangeiro, só poderia ficar com 49% das ações de controle. Isso, é claro, caso a Globo não se mexa para que o Senado aprove o PL 175/01, que libera a participação estrangeira em empresas de TV a cabo e que está na geladeira desde o final do ano passado.
Nas especulações de mercado, porém, Slim ficaria apenas com a rede física de cabo, que chega até os domicílios, alugando-a para que a Net pudesse dar passagem à sua operação. Não haveria, portanto, problemas com a legislação.

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