Novo estudo publicado pela Unicef nesta segunda-feira, 18, mostra que um em cada três usuários de Internet no mundo é uma criança, mas ainda há um grande número de jovens desconectados. O estudo "The State of the World's Children 2017: Children in a digital world" demonstra que um terço da juventude mundial, ou 346 milhões de pessoas, não está online. O relatório conclui também que o acesso a conteúdos prejudiciais e acúmulo de ciberbullying aumenta de acordo com a penetração da Internet e a presença de dispositivos móveis, que facilitam o acesso da criança sem supervisão de responsáveis.
Ainda assim, a Unicef diz que os jovens são a faixa etária mais conectada: 71% deles estão online, comparado a 48% da população total. Assim como no caso de adultos, a juventude africana é a menos conectada: três em cada cinco estão offline (na Europa, a proporção é de um em cada 25).
A entidade critica o fato de cerca de 56% dos sites estarem em inglês, o que dificulta a compreensão do conteúdo (ou mesmo achá-lo) que entendam que seja culturalmente relevante. E que mais de nove em dez URLs de abuso sexual infantil identificados no mundo estão hospedadas em cinco países: Canadá, França, Holanda, Rússia e Estados Unidos.
As recomendações práticas da Unicef para ajudar e orientar políticas mais eficazes e práticas comerciais mais responsáveis são:
• Fornecer a todas as crianças fácil acesso a recursos online de alta qualidade;
• Proteger as crianças de danos online – incluindo abuso, exploração, tráfico, ciberbullying e exposição a materiais inadequados;
• Proteger a privacidade e identidades das crianças online;
• Ensinar alfabetização digital para manter as crianças informadas, envolvidas e seguras;
• Aproveitar o poder do setor privado para promover padrões e práticas éticas que protejam e beneficiem crianças online;
• Colocar as crianças no centro da política digital.