A implantação do full unbundling trará a competição apenas para os nichos mais rentáveis do mercado e, como conseqüência da perda destes, gerará um desequilíbrio na receita que sustenta a universalização. Esta foi a opinião da diretora de estratégia regulatória da Telefônica, Camila Tápias, durante o seminário ?Competição no setor de telecomunicações: o que mudará na relação preços/custo?, nesta quarta, 18. ?Não temos restrição ao unbundling, desde que a implementação não cause prejuízo – a assinatura básica teria que aumentar e a desagregação teria que ocorrer a tarifas justas?, declara Camila.
O diretor de assuntos da Telemar, Ércio Zilli, reforça o coro: ?Há o risco de romper o equilíbrio e aí ou fica a universalização ou a competição.?
Paste
A advogada da TelComp, Silvia Melchior, ressalta, entretanto, que o aumento da competição já estava previsto no Paste (programa do governo para o desenvolvimento das comunicações) e não é motivo de quebra de contrato ou de desequilíbrio das teles fixas. ?Também podemos argumentar que houve um desequilíbrio em benefício das concessionárias porque a competição, que estava prevista, não ocorreu?, rebate Silvia.