O negócio de telefonia de longa distância nacional e internacional, para clientes do mercado corporativo, representa quase 15% da receita total da Impsat mundialmente, mas é irrisório no Brasil ?até o final do ano chegará a 3%. Porém, o mercado brasileiro é potencial e esses segmentos deverão crescer mais que outros dentro da própria empresa, com possibilidade de atingir 10% em 2005 e 20% em 2006, superando as taxas do próprio grupo. A afirmação é do diretor geral da Impsat no Brasil, Célio Bozola, que antevê o acirramento do cenário competitivo na área corporativa local em alguns anos.
A empresa sempre competiu com a AT&T pelo segmento corporativo, mas sem muita ênfase, porque enquanto suas soluções eram mais complexas, com múltiplas tecnologias, segundo Bozola, a AT&T se concentrava mais em redes de fibras ópticas. Porém, com a compra da rival, agora denominada Telmex, pela Embratel, a situação mudou. Ambas passaram a ter acesso a diversas tecnologias de acesso. Mas, o executivo não está assustado com a nova face da competidora. Acredita que ainda demorará quatro ou cinco anos para que a Telmex ajuste todos esses ?pedaços tecnológicos?. ?Depois disto, será um concorrente forte e dará trabalho, mas até lá faremos a festa?, brinca Bozola.
Recuperação econômica
Em termos financeiros, a Impsat aposta que com a retomada do crescimento econômico a situação ficará melhor. No segundo trimestre de 2004 sua receita bruta na América Latina foi de US$ 55,5 milhões, com aumento de US$ 500 mil em relação a igual período do ano passado. O Ebitda no Brasil foi positivo pelo quarto trimestre consecutivo, com um total de US$ 1 milhão. O valor no semestre foi de US$ 1,7 milhão, com crescimento em torno de 30% em comparação ao primeiro semestre de 2003.
A empresa explica que para se rentabilizar optou por cortar custos, e não diminuir o foco de sua atuação.
Outro item destacado no balanço trimestral é a dívida de US$ 267 milhões no semestre ? aumento de US$ 6,7 milhões. O diretor explica que o acréscimo foi por conta de juros, mas o valor do débito é baixo em relação ao US$ 1 bilhão registrado até o início de 2003, quando a empresa se reestruturou pelo Chapter 11. O vencimento do grosso da dívida reestruturada ficou para 2005.