O ministro das Comunicações Ricardo Berzoini reforçou nesta quinta, 18, em Sorocaba, a posição já externada pelo Ministério das Comunicações de que a Internet tem, hoje, o papel que a telefonia fixa teve, e indica levar em consideração modelos que incluam, na concessão de telefonia fixa, novos serviços, como banda larga. "Precisamos pensar em como ajustar essa concessão a um novo cenário de telecomunicações, respeitando o patrimônio público, mas fundamentalmente preservando o interesse público em ter o serviço prestado com custo razoável", diz.
Ricardo Berzoini negou boatos divulgados na imprensa de que o governo pretenda diminuir as metas do programa Banda Larga Para Todos, que almeja cobrir 90% dos municípios com fibra até 2018, e atingir 45% dos homes-passed dos municípios com mais de 100 mil habitantes e regiões metropolitanas, além de aumentar a velocidade média da conexão para os usuários de 5,5 Mbps para 25 Mbps no período. "Um plano como esse é para mandato de quatro anos de governo, o ritmo depende da arrecadação disponibilidade orçamentária, mas objetivos não estão mudados, são os mesmos", disse ele, completando que a infraestrutura seria através de fibra ou via satélite, onde o acesso for impossível.
As metas podem não ter mudado, mas o corte orçamentário de quase 25% a menos para investimentos para o Minicom pode, ao final das contas, impactar. Perguntado se estaria havendo um estudo para redimensionar o programa, Berzoini afirmou que espera poder contar com empresas para manter o objetivo: "Estamos analisando o ritmo de investimento porque depende do fluxo financeiro do Estado brasileiro, mas as parcerias com o setor privado também são importantes e podem alavancar essa velocidade (da banda larga)".