Provedora de fibra óptica com operação em São Paulo, a Desktop está avaliando propostas de duas operadoras para habilitar ainda neste ano um serviço de operadora móvel virtual (MVNO) para assinantes da banda larga.
Segundo o CEO da companhia, Denio Alves Lindo, o lançamento ao lado de um dos fornecedores chegou a quase sair do papel, mas foi impedido por dificuldades de cobertura em algumas regiões onde a Desktop atua. Recentemente, a operadora entrou em tratativas com um segundo player, mas ainda resolve pendências.
"Estamos em momento de tomar decisão sobre qual dessas parceiras vamos seguir adiante para lançar solução até o final do ano", afirmou Alves Lindo durante conversa com TELETIME. "Queremos MVNO de 5G assim que estiver disponível", completou o executivo – que vê oportunidades no novo padrão mesmo para operadoras que não adquiriram espectro.
Outra possibilidade de rentabilização é a oferta de última milha de fibra óptica para operadoras 5G interessadas em ampliar a infraestrutura de suporte no estado de São Paulo. O CEO da operadora aponta que conversas com interessadas em parcerias do gênero estão sendo travadas.
Rede própria
Pela parte da Desktop, contudo, a operação de uma rede 5G própria representaria um grande desafio. "Sempre fomos muito eficientes em construção de rede e instalação e ativação de fibra. Querer mudar o foco para ser uma operadora que também faz [serviço] móvel com capex próprio é outro bicho, muito arriscado", afirmou Denio Lindo. "Existe muito mercado para crescer na fibra óptica. Várias empresas no passado quiseram abraçar o mundo e deixaram core business para trás, e não é isso que queremos para a gente. O 5G é um capex gigantesco com retorno em 4 ou 5 anos. Não nos pareceu fazer sentido".