Um estudo global da Amdocs sobre conectividade e serviços de valor agregado traz uma série de informações reveladoras sobre o futuro deste mercado. O levantamento será divulgado oficialmente daqui a seis semanas, mas a reportagem deste noticiário teve acesso a alguns dados.
Realizado com pessoas de dezenas de países da Europa, Ásia e Américas, incluindo o Brasil, o estudo traz alguns dados importantes para as operadoras, como a disposição de 41% dos entrevistados em reavaliar os preços e serviços contratados com uma freqüência média de três em três meses ao ano. E de 61% em trocar de provedor se julgarem essa oferta "pobre" ou de baixo valor agregado.
Além disso, essas pessoas estão valorizando cada vez mais as informações obtidas em redes sociais e demais fóruns de discussão online (20%). "Parece pouco, mas temos de levar em consideração que este é um meio de comunicação relativamente novo, que vem crescendo muito ano a ano", diz Alastair Hanlon, vice-presidente de estratégias de mercado da Amdocs.
O assinante, segundo o estudo, também deseja ofertas e contas mais simples de se entender e 40% deles pagam mais para ter serviços estáveis e upgrade de dispositivos. E metade do contingente de entrevistados espera mais proatividade e serviços personalizados por parte de seus provedores. A maioria, aliás, acredita que a personalização simplifica a vida.
Às operadoras que possuem elevado índice de churn, o estudo da Amdocs faz uma advertência: mais da metade dos clientes (54%) coloca a falta de confiança na rede no topo da lista de motivos para se trocar de provedor. E 29% procuram a operadora com maior flexibilidade de oferta de serviços. Cerca de 64% dizem ter um compromisso com seus planos de serviço.
Uma boa informação para as operadoras é que 40% dos entrevistados estão dispostos a pagar mais para ter acesso a serviços e aplicações em qualquer dispositivos e em qualquer lugar.
