Ex-funcionário do BC confirma contato com empresa de investigação

O ex-funcionário do Banco Central Alcindo Ferreira confirmou em depoimento à Justiça Federal, que manteve contato com o português Thiago Verdial, ex-funcionário da Kroll. Ele, no entanto, negou todas as denúncias de que tenha participado do esquema de espionagem que o caso envolve. Ferreira em diversas ocasiões afirmou ter sido procurado pela empresa para prestar serviços na área econômica.
No ano passado, ele afirmou à Polícia Federal que foi contratado pela Kroll para traduzir códigos utilizados pelo Banco Central em operações de câmbio. Algum tempo antes, a PF havia apreendido documentos em sua casa em Ribeirão Preto dos quais contava uma mensagem passada por Carla Cico ao diretor da Kroll em Londres, Charles Carr. Ribeirão Preto seria mencionada como um ponto de investigação.
A Kroll, segundo denúncia do Ministério Público Federal, teria sido contratada para espionar empresários, integrantes do governo federal e jornalistas num esquema ilegal que envolveria a Brasil Telecom em grampos e divulgação de dados sigilosos. Funcionários da Kroll teriam obtido informações, dentre outros meios, pelo contato com agentes públicos, segundo a acusação.

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O português Thiago Verdial ? que chegou a ser preso em 2003 e em seu depoimento também negou todas as acusações ? teria afirmado a agentes da PF que mesmo após se desligar da Kroll continuou a realizar trabalho de espionagem para a empresa. Em 2004, a PF apreendeu um laptop e documentos.
Em 2003, o jornal Folha de S. Paulo publicou declaração de Verdial na qual ele tentava minimizar sua participação. ?Eu estou no meio dessa história toda. Sou a menor das partes. Sou uma mosquinha perto disso tudo. Não é comigo que vocês têm que falar. É com a Brasil Telecom, é com a TIM, é com a Kroll?, teria dito à reportagem do jornal.

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