IoT via satélite ganha força, mas estratégias passam por combinação com celular

Debate sobre o mercado de IoT via satélite na Satellite 2024

Com o crescente interesse sobre comunicação direta entre satélites e dispositivos, o mercado de IoT passou a olhar para o espaço como alternativa real para a oferta de conectividade de maneira mais ampla.

Em debate realizado no primeiro dia da Satellite 2024, que acontece esta semana em Washington, Ram Viswanathan, CEO da Omnispace, uma das empresas que olha de perto o mercado de conectividade para IoT via satélites, ressaltou que o custo de levar conexão às áreas remotas sempre é um dos principais desafios do mercado de Internet das Coisas. Daí a importância e o papel das constelações de satélite.

Para Omar Qaise, CEO da OQ Technology, uma das empresas que já opera comunicação via satélite para dispositivos IoT, "a padronização do 3GPP ajuda muito porque em alguns momentos você vai precisar conectar com satélite, mas isso precisa estar integrado ao restante da rede". Segundo ele, em alguns lugares simplesmente não faz sentido construir uma infraestrutura de conectividade, mas em outros sim, e as duas redes precisam conversar.

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A Iridium é uma das empresas mais antigas a operar nesse mercado. Para seu CEO, Matt Desch, o que muda o cenário agora é a padronização e possibilidade de conectividade com todos os dispositivos móveis. "Isso muda a dinâmica do mercado de IoT via satélite. Os volumes serão muito maiores e os preços serão muito mais baixos, porque a chave não é a receita apenas, mas sim o custo". Para ele, a padronização é importante, mas o mais importante é preço, confiabilidade e garantir que a conexão seja confiável.

Sobre a competição com a Starlink, Matt Desch lembra que a oferta de IoT não é apenas conectividade. "LEO é apenas um pedaço no espaço, não é um produto por si só. A Starlink está focada em banda larga e tem limitações de onde atuar porque usa o espectro terrestre. Há questões regulatórias e  limitações de espectro. E quando falamos de IoT, sempre será um desafio regional. Qual vai ser o dispositivo que vai se conectar a ele? Como ele vai se adaptar a essas necessidades regionais? Como ser global?", ponderou – mas lembrando que Elon Musk "é capaz de fazer o que quiser", e que cada vez que ele anuncia uma nova ideia as ações das demais empresas, incluindo da Iridium, caem. "Mas a gente segue o nosso rumo e entrega de resultados".

Para Tucker Morrison, CEO da Blue Sky Technology, o futuro do mercado de Internet das Coisas por satélite passa pela combinação de redes. "A combinação entre satélite e celular é o ideal, porque temos uma combinação de cobertura, custo e confiabilidade. Qualquer que seja a solução atende bem" .

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